Liga 2: Marítimo resistiu com dez homens e mantém contacto com o pelotão da frente
Madeirenses marcaram de penálti por Euller, aos 68', mas este foi expulso aos 73' e obrigou a esforço suplementar para segurar o triunfo ante o Feirense, importante para as aspirações dos insulares
Motivos diferentes, mas a mesma urgência em somar pontos para Feirense (que procura criar maior distância para os lugares de descida) e Marítimo, cuja ambição passa por regressar ao escalão principal, de onde caiu no final da época passada.
No final, e com sofrimento à mistura, os madeirenses seguraram a vitória, alcançada através de um penálti convertido aos 68 minutos, e cumpriram o propósito a que se apresentaram nesta deslocação que se confirmou complicada.
Os insulares deslocavam-se a Santa Maria da Feira obrigados a vencer, sob pena de ver agravado o atraso para o pelotão da frente da Liga 2 e, mais diretamente, o vizinho e grande rival Nacional para sete pontos de distância e, nesse sentido, entrou dominador em jogo.
O Marítimo conseguiu, inclusivamente, acionar o marcador numa fase precoce do encontro, mais precisamente aos 4 minutos, mas José Bica recebeu o passe que o havia desmarcado em posição irregular e o tento foi invalidado. Mesmo sem contar, o gesto impulsionou um primeiro tempo quase sempre dominado pelos visitantes, ainda que com pouco rasgo e, por isso, apenas mais uma situação de perigo até intervalo.
Tomás Domingos, numa boa incursão ofensiva, apareceu em boa posição mas atirou ao lado e o início da segunda parte exibiu a mesma toada: mais Marítimo, perante um Feirense sempre bem assente numa boa organização defensiva que ia segurando o nulo perante os madeirenses, que voltariam a estar perto de marcar por mais duas ocasiões, ambas através de cabeceamentos - aos 56’, José Bica surgiu a cabecear ao primeiro poste, ligeiramente ao lado, e aos 64’ foi Euller Silva a atirar com algum perigo à baliza fogaceira.
O golo parecia iminente e chegaria aos 68 minutos através de um pontapé de penálti originado por mão de Guilherme Ferreira, que havia entrado menos de cinco minutos antes, e cobrado com tranquilidade por Euller Silva, que vestiu a capa de herói para apenas cinco minutos passados… quase passar a vilão ao receber ordem de expulsão direta por pisão em Sérgio Conceição.
Em função da desvantagem no resultado e a superioridade numérica em que passou a encontrar-se, o Feirense concentrou-se na ofensiva, reforçada por substituições de pendor atacante que trouxeram irreverência ao jogo. Primeiro foi Picas, que aos 80 minutos atirou de forma promissora, mas Tomás Domingos interpôs-se na trajetória e a bola passou para canto, e depois Oche celebrou uma hipotética igualdade, mas estava fora-de-jogo e o VAR anulou a sua finalização certeira aos 84 minutos.
Os fogaceiros pressionaram, mas não conseguiram produzir a situação flagrantes pela qual buscavam e o Marítimo conseguiu, a custo, resistir, preservando a vantagem e a preciosa vitória que lhe permite chegar aos 25 pontos e seguir na perseguição ao terceiro posto, que permite apuramento para o play-off de acesso à Liga (que bem conhece…) e atualmente está na posse do Nacional – o conjunto da Choupana soma 29 pontos, menos dois que o vice-líder AVS (31 pontos) e o primeiro classificado, o Santa Clara (32 pontos).