José Mota: «Infelicidade na hora de fazer o golo»
A análise do treinador do Farense ao empate deste sábado à tarde com o Vizela
Farense e Vizela não foram além de um 0-0 no duelo deste sábado à tarde realizado no Estádio de São Luís, a contar para a 8.ª jornada da Liga.
«Tivemos infelicidade na hora de fazer golo. Entrámos muitíssimo bem, foi talvez o jogo em que melhor entrámos, conseguimos dominar o adversário, entrámos muito fortes, muito aguerridos e muito organizados. Conseguimos ter a bola, dominávamos no meio-campo do adversário, com várias triangulações, com várias investidas, quer pelos corredores quer no meio. Contabilizo cinco oportunidades. Sabemos também que, quando não se finaliza, começamos a ficar preocupados. Eu já estou habituado a este tipo de comportamentos, de jogos, em que percebemos que, cada oportunidade que se falha, é um balão de oxigénio para o adversário, que vai ganhando confiança e, como tem bons jogadores e boa equipa, consegue depois ultrapassar os receios que, até então, tinha no jogo. Estivemos muito bem nesses 20/25 minutos, podíamos ter resolvido ali o jogo e não conseguimos», analisou José Mota no final do encontro.
«A partir daí, esta equipa do Vizela, experiente, sabia que tinha de cortar o ímpeto do Farense, de quebrar o ritmo, e foi isso que fez. Foi jogando mais lentamente, foi tentando jogar com bolas mais diretas e mais na profundidade, para que não conseguíssemos ganhar as segundas bolas e ter aquilo onde somos bastante fortes. Na segunda parte, tínhamos de ter muita paciência para entrar no último reduto. Não foi tão espetacular quanto a primeira parte, em termos exibicionais, da nossa parte, foi mais equilibrado e o Vizela teve uma ou outra oportunidade. Nós tivemos excelente oportunidade, aquela bola na trave, tentámos criar algo mais, mas o adversário percebia que o empate era sempre um bom resultado fora e tentou garantir esse mesmo ponto», prosseguiu o treinador dos algarvios.
«Jogo competitivo, as duas equipas entregaram-se bem ao jogo. O jogo não foi feliz para nós, tivemos tudo para poder ganhar, bastava que finalizássemos uma daquelas oportunidades que tivemos», rematou.
José Mota também comentou a chamada de Belloumi à seleção da Argélia e falou ainda de Muscat, convocado por Malta.
«É muito importante. É um menino que está a dar os primeiros pontapés na bola. É um jogador com grande qualidade e que vai ser ainda melhor. Ser chamado à seleção é um marco muito importante, individualmente, mas também coletivamente, porque demonstra que damos oportunidades aos jovens e, mais importante, eles sabem aproveitá-las. Para o Farense, nesta fase, em que está a tentar equilibrar-se na Liga, ter jogadores que se sobressaem… Parabéns para o Belloumi e para o Farense, porque é sinal de que estamos a fazer um excelente trabalho», vincou o técnico.
«O Zach [Muscat] também foi chamado à seleção de Malta. São dois, mas penso que temos aqui mais alguns que provavelmente também seguirão o mesmo trajeto. É uma questão de trabalho, paciência e dedicação, porque acho que tenho aqui jovens, da nossa formação, com muito futuro», concluiu.