Jogo 500 no camarote

FC Porto Jogo 500 no camarote

NACIONAL07.05.202312:40

A imagem do sucesso é intercalada com a da polémica. Sérgio Conceição é mesmo assim. Nem se incomoda. Desperta paixões e convoca discussões, arrastando números atrás de si que, porém, atestam a sua qualidade. Já leva 11 anos a provocar emoções nos bancos de suplentes como treinador principal, numa carreira que o levou do Olhanense ao FC Porto, elevando-se, esta jornada da Liga, à categoria 500.
São meio milhar de jogos que Sérgio Conceição assinala na deslocação a Arouca, uma vez mais tendo de superar a distância para a bancada para definir as melhores instruções à equipa. O técnico está suspenso preventivamente, por mais um episódio de contestação, mas aquele número marcante pertence-lhe.


E não há muitos treinadores que se possam gabar de atingir este registo. Muito menos na condução de equipas que se exibem nos principais palcos do futebol português e europeu. E ainda menos num contexto em que os clubes espremem o êxito e afastam-se do insucesso, lavando erros de outra natureza num despedimento, tornando muito ténue a fronteira entre o herói e o vilão.


Sérgio Conceição continuamente dá provas de ser competitivo. E de manter as suas equipas competitivas. Repetem-se os bons resultados na Champions e na Liga, entregando, igualmente, cheques avultados ao departamento financeiro, seja pela via do bom desempenho desportivo ou pela promoção de ativos jogadores, um novo contexto que invadiu o desporto desde que passou a negócio. O responsável dos dragões já passou por um pouco de tudo. Da luta pela permanência ao título, do despedimento à glória. Desde a estreia no Olhanense, às passagens por Académica, SC Braga, Vitória, Nantes (França) - o único período da carreira no estrangeiro -, até chegar ao FC Porto, onde se mantém desde 2017, num trajeto que o levou a superar marcas de treinadores categorizados e imortais para os portistas, como são Artur Jorge e José Maria Pedroto. Em Arouca, vai superar o ‘Zé do Boné’ e passará a figurar como o técnico com mais jogos ao serviço do FC Porto, 323.