Esteve no Botafogo com Lage e não tem dúvidas: «É um treinador horroroso»

Declarações de Rafael, que coincidiu no clube brasileiro com o atual treinador do Benfica

Depois de um ano histórico no Botafogo, Rafael terminou a sua carreira com a conquista da Libertadores e do Brasileirão, às ordens de Artur Jorge, mas foi outro português que o impressionou… pela negativa.

Em 2023, apesar de estar lesionado, o brasileiro esteve às ordens de Bruno Lage durante dois meses e meio, numa altura em que o clube estava na liderança isolada do Brasileirão e em que acabou por permitir o bicampeonato do Palmeiras, de Abel Ferreira, já depois da saída do português.

«Eu, sinceramente, acho o Lage muito mau treinador. Eu acho que ele é horroroso. Não estou a mentir, não. Acho-o muito mau treinador. Eu não trabalhei com ele, então, assim, não dá para falar… o que eu via, eu achava-o muito mau, nos treinos e tal. Não tenho vergonha nenhuma de dizer. Eu sou assim, eu falo. É o que eu achava, o que eu via. Só que eu não sou quem decidia… eu sou jogador de futebol. Eu não estava nem a jogar. Não sou eu que decido quem sai e quem entra, senão era muito fácil. Não fui eu que trouxe o Lage para cá. Não fui eu que o mandei embora. Não fui eu que trouxe nenhum dos treinadores», começou por dizer o ex-Man. United, em conversa ao Resenha com TF, elegendo um momento que foi decisivo para perder o plantel... a chegada de Diego Costa, com quem Lage coincidiu no Wolverhampton.

«Tivemos muitas trocas naquela época. Foi um incômodo para muita gente. Eu acho que o divisor de águas daquela época, hoje eu posso falar sobre isso, foi o Diego Costa vir. Eu gosto do Diego Costa. Eu gosto muito dele, não tenho nada contra ele, mas ele veio com menção clara do Lage… e o Tiquinho era o nosso melhor jogador, naquela época. E aí eu acho que o Lage não queria o Tiquinho com Diego Costa», explicou, garantindo que não foi ele a começar um motim no balneário.

«Fiquei doido. Não estava nem a jogar… sou o culpado de quê? Diz-me. Estás maluco? A pessoa que nem está a jogar pode ser o líder do motim? Posso dizer assim ‘podia colocar o Tiquinho’, mas eu ser o líder do motim sem jogar à bola? Eu nem trabalhei com ele… fiquei doido. Como é que eu ia mandar uma pessoa embora com que eu nem treinei? Eu poderia ser o porta-voz para falar sobre [o assunto], mas mandá-lo embora, eu não treinei com ele… eu não conheci o Lage!»