«Gostava muito de ver Schmidt no FC Porto»
A alegria de Roger Schmidt nos primeiros tempos como treinador

REPORTAGEM A BOLA «Gostava muito de ver Schmidt no FC Porto»

INTERNACIONAL28.06.202409:16

Dário Figueiredo foi o primeiro jogador português a ser orientado pelo alemão no Dellbrucker; Confesso adeptos dos dragões tem um desejo; «Não merece sair da Luz pela porta pequena…»

DELLBRUCK — Dário Figueiredo não consegue esconder. Está gravado no... corpo. Basta olhar para a perna esquerda onde está bem exibido um dragão. O FC Porto é o clube pelo qual sofre e que acompanha atentamente. E em conversa com A BOLA faz questão de deixar um desejo que, admite, pode criar muita polémica.

«A maior parte dos portistas, tenho a certeza, não gostava só porque ele tinha estado no Benfica. Mas conheço-o pessoalmente, foi meu treinador e ficaria feliz de o ver no FC Porto. Assim já lhe podia pedir uma camisola [risos]», brinca, deixando um repto.

«Não gostaria mesmo de o ver sair do Benfica pela porta pequena. Não merece. Todos o respeitam aqui, pelo seu trajeto, e tem muito mercado na Alemanha», reforça.

A equipa de reportagem de A BOLA esteve à conversa com Dário Figueiredo na Alemanha (MIGUEL MENDES)

«Não era um treinador de andar aos berros»

Os traços da personalidade de Roger Schmidt como treinador transitaram da sua experiência nos relvados, como jogador, que terminou ao 38 anos, constantemente afetada por lesões complicadas no joelho. Para abraçar o projeto no Delbrucker deixou o mundo laboral que, até então, estava ligada à Benteler, uma empresa de fabrico de peças de automóvel sediada em Paderborn. O perfil de liderança fez-se notar logo nos primeiros treinos…

O dragão tatuado na perna do antigo jogador do Dellbrucker (MIGUEL MENDES)

«Após uma derrota juntava todos no balneário e dizia o que tinha de dizer. Era notório quando não estava contente. Mas não era treinador de andar aos berros. Era calmo e não me recordo nenhuma vez em que se tenha exaltado. O oposto de técnicos como Sérgio Conceição ou Diego Simeone, não os conheço, mas não era explosivo como esses, por exemplo», disse, deixando uma mensagem à Seleção Portuguesa que está na Alemanha no Euro 2024.

«Sou português a 100 por cento. A derrota com a Geórgia foi má, mas por outro lado foi positivo para aqueles que não jogam tanto saberem que não é fácil… E espero que levem o caneco para Portugal na final.»

A BOLA no banco onde tudo começou para Roger Schmidt

28 junho 2024, 09:00

A BOLA no banco onde tudo começou para Roger Schmidt

Uma viagem às origens onde o técnico iniciou a carreira de treinador; Dário Figueiredo foi o primeiro português orientado pelo alemão e o guia desta visita ao Dellbrucker Sport-Club; As histórias do aspirante engenheiro mecânico que se tornou num herói desta aldeia