A BOLA NO EURO Kokçu: «Sei que podia ter dado mais ao Benfica»
Jogador das águias humilde na hora de também reconhecer as suas falhas na Luz. Admite ter tido problemas com Roger Schmidt, mas gostou do modo como terminou a época. Hoje defronta Portugal, antes falou com A BOLA
Orkun Kokçu respondeu às perguntas de A BOLA sobre a época no Benfica, mesmo depois de avisado pelo assessor de imprensa da Turquia de que, por estar em contexto de seleção e no Europeu, poderia recusar-se a fazê-lo. Não recusou.
Admitindo ter tido problemas com Roger Schmidt, foi com humildade que reconheceu que também ele falhou, ficando aquém das próprias expectativas. Em dia de jogo com Portugal, trazemos-lhe a agora a segunda parte da conversa que tivemos com o internacional turco em Barsinghausen, quartel-general do adversário da Seleção Nacional.
- Foi uma temporada positiva para si ou esperava mais? Queria jogar mais? As suas críticas a Roger Schmidt foram públicas e técnico vai continuar no Benfica… Pensa também continuar e mostrar mais na nova época?
- Esperava ter dado mais ao Benfica, esperava ter jogado mais e ser mais influente e perigoso nos jogos. Queria mais. O Benfica pagou um valor recorde por mim. Havia muita pressão de fora. Que é normal e tudo bem, porque eu sou um jogador que não tem medo da pressão. E acabei por ter estatísticas boas: sete golos e 11 assistências. Mas sei que podia ter dado mais. Sim, houve alguns problemas, mas terminei bem a época e isso é o mais importante. Quero ser mais importante na próxima época.
- Todos os jogadores levantam algumas questões quando são colocados em posições em que não se sentem tão confortáveis. Como foi o seu caso no Benfica, ao longo de praticamente toda a temporada. Na seleção, é diferente, joga, digamos, na sua posição. Como consegue compatibilizar isso?
- O estilo de jogo no Benfica e o estilo que Vincenzo Montella está a aplicar na seleção da Turquia são adaptáveis. Quando jogamos em 4x4x2, em posse, surgia muitas vezes na posição de segundo avançado também no Benfica, sobretudo na fase final. E quando cheguei ao estágio da Turquia fiz alguns treinos em posição semelhante e, por isso, não sinto problemas de adaptabilidade. Não foi difícil passar da ideia de jogo do Benfica para a da Turquia. Sim, falhei alguns jogos no Benfica, mas sinto-me cada vez melhor, sobretudo depois de ter jogador 90 minutos com a Polónia (particular) e com a Geórgia (Euro) e sinto que, com Portugal, posso surgir ainda melhor.