FC Porto: «Se retirarem a única proposta, é razoável que cancelem a AG»
Advogado Caiado Guerreiro diz que Assembleia Geral deixa de ter objeto
A realização ou não da Assembleia Geral do FC Porto, suspensa esta segunda-feira devido a incidentes registados entre sócios, no Dragão Arena, é assunto que marca a atualidade dos dragões, com a hipótese de a AG ser cancelada.
Ouvido por A BOLA, o advogado João Caiado Guerreiro defende a viabilidade desse cenário, destacando também a importância de as Assembleias Gerais decorrerem num ambiente seguro para os associados.
«O presidente da MAG (Mesa da Assembleia Geral) tem obrigação de reunir a AG e conseguir que a mesma se realize de forma cordata e em segurança, onde todos possam exprimir a sua opinião e votar em liberdade, o que é essencial para a validade da Assembleia», começou por sublinhar.
«Se achar que essas condições não estão verificadas, deve adiá-la. Se houver a retirada da proposta e ela for o único ponto da ordem de trabalhos, é razoável que cancelem a AG porque a mesma deixa de ter objeto», explicou.
A AG foi reagendada para a próxima segunda-feira, mas poderá não ser retomada, aguardando-se a decisão do clube em relação a esta matéria.
A reunião magna foi convocada com o intuito de deliberar sobre a aprovação dos novos estatutos, estando entre os pontos mais polémicos a mudança de data das eleições, o voto eletrónico, mesas de voto nas Casas do FC Porto e a possibilidade de membros dos órgãos sociais poderem fazer negócios, em nome pessoal ou por interposta pessoa, com a SAD, em caso de manifesto interesse do clube ou de parecer favorável do Conselho Fiscal e Disciplinar.