FC Porto - Cardiff: A crónica e o positivo e negativo

FC Porto FC Porto - Cardiff: A crónica e o positivo e negativo

NACIONAL22.07.202323:38

DRAGÃO COSPE FOGO NO ATAQUE SEM NUNCA SE QUEIMAR

Cinco vitórias, 17 golos, baliza a zeros E avançados a brilhar: Toni Martínez, Taremi e Navarro Romário Baró faz de Uribe e passa teste  

Sinais de crescimento. Mais um teste de preparação, cinco vitórias (Académica, FC Porto B, Portimonense, Imortal e Cardiff), 17 golos marcados, zero sofridos. Números que sustentam a fiabilidade que Sérgio Conceição conseguiu transportar desde a chegada ao Dragão. Nesta fase, na qual tudo se centra no que é novo, reforços a estrear, nos jovens que possam aparecer e acrescentar qualidade, é o técnico portista que alimenta as esperanças portistas. Porque criou sempre uma equipa competitiva e difícil de bater. Que raramente cede e não verga. E isso, por certo, não mudará.


Agora, mais importante que os números e esse ADN que permanece intacto nesta fase, interessa olhar para o modelo e as novas dinâmicas. Que, essas sim, poderão ter de ser diferentes. Sobretudo porque não há Uribe, principal dínamo do meio-campo dos últimos anos, que obriga a pensar (e a construir…) o jogo de outra forma. E enquanto não chegam alternativas, Sérgio Conceição (como tantas vezes fez…) vai procurando soluções internas.

E foi aí que surgiu a novidade deste teste: com Romário Baró a fazer de Uribe e André Franco a fazer de Pepê, obrigado a recuar face às poucas alternativas na lateral direita. E se foi notória a falta de entrosamento no momento defensivo - não fosse Zaidu a tirar uma bola em cima da linha de golo e três brilhantes voos de Diogo Costa a história poderia ser diferente - é na construção ofensiva que este ‘novo’ FC Porto está calibrado. E letal.  


Pela inspiração de Toni Martínez que bisou em lances criados pelas maiores surpresas do onze: no primeiro com Baró na condução a oferecer a Taremi que, após mais um passe sublime no corredor central, isolou o espanhol e o segundo com visão perfeita de André Franco a ‘oferecer’ o segundo.


E na história da primeira parte foram estes os dados novos. Uma aposta a merecer continuidade de Romário e a validação de André Franco como alternativa no corredor. Na segunda, várias mexidas e muitas garantias. Sem beliscar o sólido 4x4x2. Com a entrada de Otávio para o lugar de André Franco a equipa ganhou criatividade, condução e critério (sempre como uma espécie de faz tudo em várias zonas do campo) e com Eustaquio (para a vaga de Grujic que esteve uns furos abaixo), Romário Baró cresceu também defensivamente.

E mesmo Bernardo Folha (cada vez mais aposta firme) também não destoou e marcou posição no centro do terreno. Vêm aí reforços mas quem mora no dragão promete luta (e problemas...) a Conceição.
Como no ataque. Quatro minutos bastaram para Navarro marcar. Quando Toni Martínez já tinha bisado e Taremi deixado marca. Três setas para duas vagas. Muito fogo num dragão sólido que nesta pré-época ainda não se queimou... 

O POSITIVO

A boa aposta em Romário Baró que tem ganho pontos na corrida por vaga no plantel; trio de avançados (Navarro, Toni Martínez e Taremi), que continuam a ser garantia de muitos golos
 

O NEGATIVO

Alguns lapsos defensivos, erros individuais, que não tiveram males maiores porque há... Diogo Costa; notória falta de uma lateral-direito para dar asas a Pepê muito preso de movimentos