Eles estão loucos por vender Gyokeres

OPINIÃO09:31

Ou pelo menos parecem estar… Este é o Canto Curto, como sempre à sexta-feira

A convicção é minha. Mas ela só existe à luz de palavras de outros. E não de quaisquer outros. O que me leva a ter a convicção de que, no Sporting, estão loucos por vender a sua mais valiosa pérola, a mais preciosa das suas pedras, o sueco Viktor Gyokeres, são declarações das principais figuras, do presidente Frederico Varandas ao treinador Rúben Amorim, passando pelo próprio avançado que tantos golos, vitórias e, agora, também os milhões de Champions tem conseguido garantir com a camisola verde e branca.

«Uma cláusula de 100 milhões e o ser batida depende do momento do jogador, da idade, se há mais do que um clube na luta por ele. Já vi jogadores inferiores a serem transferidos acima de 100 milhões e grandes jogadores abaixo dos 100 milhões», disse Varandas há uma semana no palco do Football Thinking.

«O que eu digo é que o Viktor é um grande jogador e eu acho que ele vale 100 milhões [de euros]. E, principalmente o Sporting, o seu presidente [Frederico Varandas] e o diretor desportivo [Hugo Viana] acreditam que ele vale 100 milhões. Portanto, é esse o preço que ele tem, quem quiser [contratá-lo] terá de pagar 100 milhões», acrescentou, também nesse dia, Amorim.

«Por que valor posso sair? Boa questão... Não sei. Não trabalho para um clube nem sou empresário, não estou por dentro disso. É muito alta [a cláusula de 100 milhões] e não saí para lado nenhum. O meu valor é o meu valor, vamos ver…», atirou por fim Gyokeres, antes do jogo de terça-feira com o Lille, para a Liga dos Campeões, no qual marcou o primeiro golo da vitória por 2-0.

Posto isto, chamem-me louco a mim, se quiserem, mas… se temos um objeto valioso, o mais precioso de todos e queremos preservá-lo sem reservas, o que fazemos? Aproveitamos toda e qualquer oportunidade que temos para bradar aos sete ventos que o temos e que por determinado valor até prescindimos de ficar com ele, trocando-o de boa vontade pelos milhões publicitados? Ou guardamo-lo a sete chaves e ficamos bem caladinhos?

Pois… Eu, se estivesse louco por vendê-lo a troco de um importante encaixe histórico, não tenho qualquer dúvida de que seguiria a primeira linha de ação e andaria por aí a espalhar palavra.