Carlos Carvalhal: «As vitórias são o primeiro caminho para se perder a seguir»

NACIONAL25.08.202423:30

Treinador dos guerreiros ficou, obviamente, satisfeito com mais um triunfo, mas pretende a equipa focada em todos os jogos; técnico elogiou Gabri Martínez e o compromisso de todo o plantel

Carlos Carvalhal, treinador do SC Braga, ficou agradado com o resultado e com a exibição da sua equipa, perante o Moreirense, mas deixou o alerta para que todos mantenham o foco no caminho das vitórias. O técnico dos arsenalistas ainda explicou a opção de lançar Gabri Martínez e deixou elogios ao ala espanhol, sendo que também destacou a boa mistura que existe no plantel, com a experiência e a juventude.

Um jogo em que a sua equipa esteve por cima, especialmente, na 2.ª parte. Está cada vez à sua imagem?

- Satisfeitíssimo com a equipa, pois teve uma performance extraordinária. Conseguimos estar 90 minutos a colocar o adversário sob pressão, sendo que não era uma equipa fácil que vinha de duas vitórias. Há aqui um misto de experiência, como o Matheus e o Ricardo Horta, e de jovens que se querem mostrar aqui e ao Mundo. Uma equipa competitiva. Resumidamente ganhamos bem o jogo. A seguir às competições europeias, o que é sempre difícil.

Quatro vitórias, desde que chegou ao comando técnico, de que forma isto o deixa confiante para o futuro, nomeadamente, para quinta-feira?

- Sinto que ainda há muito trabalho para fazer. As vitórias são o primeiro caminho para se perder a seguir. Pois, entra-se num estado de muita confiança e acredita-se que não há mais nada a fazer. Mas, tenho uma equipa que acredita e que tem muita vontade de aprender. Há um processo e ainda está a evoluir, o que é bom, pois não há sinais de relaxamento. A equipa tem evoluído e há muito para fazer. As vitórias, claro que trazem outra tranquilidade.

Colocou o Gabri de início, devido também à lesão de Bruma. O que procurou com a colocação do espanhol?

- O Gabri jogou muito bem, teve pela frente o Fabiano, que conheço bem e é fortíssimo no um contra um, raramente o vejo a ser batido, o Galeno que o diga, pois tinha dificuldades. O Gabri passou várias vezes por ele e isso é o maior elogio que lhe posso fazer.

Falou de jogadores como Matheus e Ricardo Horta, mas Rodrigo Zalazar tem tido uma influência preponderante nesta equipa. Como vê este início de temporada do médio?

- Falei do Matheus e do Ricardo Horta, pois são os mais experientes. O Zalazar é um miúdo, quis falar no geral, no tal misto de experiência e de juventude. Sinceramente, o grande realce não é nenhum jogador individualmente, mas a atitude competitiva de toda a equipa. Como o Roberto Fernández que entrou e deu ao pedal durante vários minutos e depois entra o El Ouazzani e faz exatamente a mesma coisa.