Há interessados em contratar defesa-central brasileiro e já manifestaram intenção em chegar a ofertas de €25 milhões mais €5 milhões em bónus. Na última época encarnados recusaram vendê-lo
Ainda sem Nicolás Otamendi, na Copa América e depois nos Jogos Olímpicos, e António Silva, de férias até ao dia 26 depois da participação no Euro 2024, Roger Schmidt tem trabalhado com quatro centrais – Morato, Tomás Araújo, Adrian Bajrami e Gustavo Marques. Mas ainda não é certo que todos fiquem na Luz. É até provável que algum deixe o Benfica este verão. Se o capitão voltará de Paris diretamente para o pontapé de saída do campeonato, o internacional português e o companheiro brasileiro podem ser transferidos e obrigar o Benfica a ir ao mercado para contratar um central.
Rui Costa, como A BOLA deu conta, recusou uma oferta do Newcastle para a transferência de António Silva por €35 milhões mais €15 milhões por objetivos. E poderá recusar, em breve, outras por Morato. Os encarnados já foram contactados, informalmente, por clubes interessados no central de 23 anos e conheceram a disponibilidade destes de avançar com ofertas no valor de €25 milhões, mais €5 milhões em bónus. Foi , justamente, esse o valor que o Benfica recusou para transferir Morato no último verão. Fulham e Nottingham Forest apresentaram propostas formais que seduziram o defesa-central e que lhe aumentariam quatro vezes o salário.
Se a SAD não quis negociar Morato por esses valores, Roger Schmidt insistiu sempre em manter o central de 23 anos, que na última época somou 35 jogos, 28 dos quais a titular. O treinador, na primeira época dele na Luz, até apostou em Morato como titular ao lado de Otamendi, mas uma lesão travou a ascensão do brasileiro e, em sentido contrário, potenciou a de António Silva. Morato, mesmo em segundo plano, respondeu às expectativas de Roger Schmidt e, na época passada, até foi lateral-esquerdo improvisado, quando o técnico deixou cair David Jurásek.
Morato foi contratado pelo Benfica ao São Paulo por €7,5 milhões no verão de 2019, começou nos juniores e passou pela equipa B até chegar à principal. Estreou-se a 21 de dezembro de 2019, pela mão de Bruno Lage. O clube brasileiro mantém 15 por cento dos direitos económicos e o Benfica quer ficar com toda a percentagem do passe, embora não tenha havido ainda fumo branco das negociações.
16 maio 2024, 09:00
Celebra hoje o 22.º aniversário e encara próxima época como fundamental; eventual saída de António Silva pode abrir-lhe portas; de regresso aos convocados depois de uma lesão contraída no jogo em que se estreou a marcar
No último verão, depois de confirmada a continuidade de Morato, a SAD do Benfica prometeu recompensar Morato com um novo e melhorado contrato. O atual acaba só em 2027 – Benfica está protegido pela cláusula de rescisão de €100 milhões – mas as águias pretendem que o salário reflita de forma mais adequada a importância que o central já tem no plantel. Mas também neste caso não houve desenvolvimentos.
O Benfica precisa de fazer venda milionária este verão para equilibrar as contas e se por um lado não está interessado em abrir mão de João Neves, por outro admite vender António Silva. Mas não por um valor inferior a €60 milhões, o que parece improvável, sobretudo depois do Euro 2024, no qual o internacional português foi infeliz. O Newcastle está na linha da frente e poderá voltar à mesa de negociações, elevando a primeira oferta.
Tomás Araújo é considerado, na Luz, o sucessor natural de António Silva. No final da última época, aliás, até subiu na hierarquia de Roger Schmidt, que escolheu o português de 22 anos sempre que não podia contar com António Silva ou Otamendi.
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