Análise de Duarte Gomes à arbitragem do Rákow-Sporting
O grego Anastasios Papapetrou esteve bem na decisão mais relevante, a expulsão de Gyokeres
Anastasios Papapetrou viajou até Czestochowa para dirigir o Raków-Sporting. O internacional grego foi auxiliado pelo compatriota Angelos Evangelou, que exerceu a função de videoárbitro. Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro:
5’ É impossível olhar para o estado em que ficou o pé de Arsenić (todo dobrado, por força da carga exercida por Gyokeres) e afirmar que a intervenção do VAR foi inoportuna. Não foi. É certo que o avançado do Sporting não foi malicioso nem quis lesionar o adversário, mas a abordagem ao lance foi tão intempestiva que acabou por colocar em risco a integridade física daquele. A zona atingida pelos pitons do sueco (tornozelo) é sensível e propícia a lesões graves. A saída por incapacidade do então capitão do Raków foi a prova maior do acerto da equipa de arbitragem.
19’ Berggren terá sido vítima da decisão anterior, que obrigou Papapetrou a manter a fasquia disciplinar apertada: a entrada por trás sobre Matheus Reis foi algo dura mas não pareceu justificar o amarelo.
22’ Hjulmand incorreu na prática de jogo perigoso ativo sobre Kochergin. O médio dinamarquês mostrou os pitons da bota ao adversário, após levantar o pé em zona muito próxima à sua cabeça. Ao fazê-lo, inibiu o ucraniano de tentar disputar o lance consigo. Não havendo contacto físico, o pontapé-livre indireto foi a punição adequada.
36’ Racovitan movimentou-se na direção da bola (e de Diomande), sendo tocado na cara pelo mão esquerda do central. Ficou a ideia que o toque foi ligeiro e inconsequente. Na falta de melhores imagens, aceita-se como correta a decisão do árbitro em nada assinalar.
44’ Diomande colocou o braço direito na cara de Kochergin, impedindo-o de de tentar disputar a bola com Hjulmand. A obstrução do costa-marfinense foi ilegal e devia ter sido punida tecnicamente. O médio ucraniano não gostou da não decisão e decidiu fazer justiça pelas próprias mãos, entrando de forma algo perigosa sobre o adversário. O amarelo que viu foi mais pela atitude antidesportiva do que pela infração em si, mas foi bem mostrado.
47’ Jean Carlos surgiu na cara de Franco Israel, falhando o golo por pouco. O brasileiro partiu de posição legal. Esteve bem o árbitro assistente ao não levantar a bandeirola.
49’ Decisão acertada do árbitro ao sancionar Jean Carlos com advertência, após rasteirar Matheus Reis de forma negligente.
58’ Jean Carlos (muito ativo desde que entrou) carregou Coates, cometendo falta ofensiva. Apesar de alguma pressão para que o árbitro lhe exibisse o segundo amarelo, Papapetrou fez bem em apenas punir tecnicamente a imprudência do brasileiro.
63’ Esteve bem o juiz helénico ao não assinalar pontapé-livre para o Raków, na sequência de desarme legal de Morita sobre Yeboah: o médio japonês tocou na bola, sendo o contacto seguinte inevitável para a movimentação de ambos.
67’ Cartão amarelo bem mostrado a Diomande, por impedir em falta que Cebula prosseguisse saída prometedora pela esquerda do seu ataque.
74’ Geny Catamo escorregou na área da equipa polaca sem que Tudor fizesse qualquer falta. Bem o árbitro ao mandar prosseguir o jogo.
77’ Hjulmand abriu o braço esquerdo (na horizontal), atingindo o rosto de Crnac. A infração aconteceu antes da disputa da bola. Não ficou claro na imagem se houve imprudência ou negligência do jogador dinamarquês. Certo é que pelo menos ficou por assinalar pontapé-livre para o Raków.
79’ Golo do Raków: quando Kochergin passou a bola para Piasecki, o avançado estava em posição regular. Boa decisão do árbitro da partida.
81’ Golo bem anulado à equipa polaca, por fora de jogo de Nowak. O médio polaco participou ativamente na jogada, ao efetuar o remate defendido por Franco Israel.
87’ Diomande foi empurrado por Piasecki e por causa disso caiu sobre Crnac, derrubando-o. Os jogadores da equipa visitada protestaram (queriam que o árbitro assinalasse pontapé de penalti), mas a primeira infração foi sobre o central do Sporting.