A análise de Duarte Gomes à arbitragem no Dragão

FC Porto-Hoffenheim, 2-0 A análise de Duarte Gomes à arbitragem no Dragão

NACIONAL24.10.202423:00

Trabalho bem conseguido da equipa de arbitragem

Sylwestrzak, árbitro internacional polaco, viajou até à Invicta para dirigir o FC Porto-Hoffenheim que se jogou no Estádio do Dragão. O seu compatriota Piotr Lasyk esteve no centro de operações (VOR) em Nyon, onde exerceu a função de videoárbitro. Sylwestrzak é ainda muito jovem (tem apenas 32 anos). Apesar disso, foi a segunda vez que arbitrou jogos de equipas portuguesas esta época. No início de outubro esteve em Atenas, na derrota do SC Braga frente ao Olympiacos (vitória dos gregos por 3-0).

Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro:

18' Gendrey tirou a bola a Galeno de forma legal, em corte efetuado com algum risco dentro da sua área. Tudo certo.

24' Muito duvidosa a decisão do árbitro assistente ao assinalar fora de jogo a Jacob Larsen, que conduziu ataque do Hoffenheim (rematou com perigo ao lado do poste esquerdo da baliza de Diogo Costa). Tiago Djaló, no meio, pareceu colocar o avançado dinamarquês em jogo.

27' Prass rasteirou Pepê perto da sua área, em infração bem sancionada com pontapé livre para o FC Porto. Após a execução, Nico González saiu deliberadamente da sua posição para bloquear defesas que estavam na barreira, impedindo-os de se movimentarem para a marcação, em jogada aparentemente estudada. A infração atacante do espanhol não foi assinalada. É importante que os árbitros estejam mais atentos a este tipo de expedientes (comuns em todo o lado).

37' Erro do árbitro polaco. Nehuen Pérez efetuou lançamento lateral rapidamente, mas Sylwestrzak entendeu que o fez mais à frente, ordenando a repetição... para a mesma equipa. Mal.

44' O lance mais difícil de todo o jogo: Tiago Djaló colocou a mão direita na camisola de Hlózek e, apesar de não a ter puxado/esticado de forma evidente, terá perturbado a ação do adversário. O certo é que o avançado checo rematou à baliza de Diogo Costa sem ser condicionado por essa ação. Nestas competições, as indicações são para assinalar penáltis evidentes, com clara causa/efeito. Não foi o caso (mas andou lá perto).

45' Nsoki foi muito negligente na forma como derrubou Pepê. A entrada à bola atingiu também as pernas do jogador brasileiro. Foi justa a advertência.

45+2' Golo do FC Porto, marcado por Tiago Djaló. Nico González fez a assistência de cabeça sem cometer infração sobre Prass. Decisão correta da equipa de arbitragem.

53' A entrada de Nehuen Pérez teve tudo para "correr mal", mas a verdade é que Prass saltou, não sendo atingido. Não havendo contacto físico, não pode haver advertência por negligência. Quanto muito jogo perigoso ativo e esse é punido com pontapé livre indireto. O cartão amarelo, não sendo por reincidência ou corte de ataque prometedor, não se aplicava.

62' Pepê foi atingido pelo braço do Bischof após cometer infração. O contacto pareceu inadvertido. Bem o árbitro.

77' Alan Varela agarrou Prass, impedindo-o de iniciar saída a jogar. A infração foi antidesportiva e bem sancionada com advertência.

80' Francisco Moura cabeceou para as mãos de Baumann mas estando em posição irregular. O árbitro assistente esteve bem ao sinalizar a infração, mas o árbitro podia ter permitido a continuidade do jogo (a bola estava claramente na posse do guarda-redes germânico).

83' Cartão amarelo bem exibido a Nico González por pisão negligente sobre Bischof. A entrada do espanhol foi francamente antidesportiva.

86' Samu, em posição defensiva, viu a bola tocar-lhe no cotovelo esquerdo, que estava junto ao corpo e recolhido, em modo de proteção. O contacto resultou de ressaltos em disputa com Tabakovic. Foi bem analisado o lance na área azul e branca.

NOTA: 7