Prima Donnas

OPINIÃO07.01.202206:00

Há que abrir processos aos jogadores do Benfica para apurar violação de deveres

FORMADO no Anderlecht, Lukaku ingressou no Chelsea  em agosto de 2011 por preço simbólico de €15 milhões aos dias de hoje. Assinou até 2014  mas foi emprestado, nesses 3 anos, a dois clubes ingleses até que um destes (Everton) decidiu liquidar o dobro daquilo que o presidente descendente de judeus sefarditas havia desembolsado. Os capítulos seguintes da história são compostos por uma transferência milionária para o Man. United e de uma outra para o Inter,  onde alcança o maior número de golos e o scudetto. Estranhamente, neste último mercado de verão e sem que ninguém esperasse, decidiu regressar a Londres. Eventualmente para tentar provar algo.

Mas, volvidos meses, revelou  ter o Inter no coração, querendo regressar a Itália por não ter saído da forma mais correta e que se encontrava transtornado. Apesar de pedir desculpa aos adeptos do Chelsea, há que retirar consequências deste tipo de paragem cerebral temporária. Os jogadores não são mais que meros trabalhadores de uma entidade empregadora. Têm direitos mas também deveres. Impulsionados pelas redes sociais, tornaram-se Prima Donnas. Não gostam da sensação de terem que esboçar um sorriso (não raras vezes pouco genuíno) em fotos e conceder autógrafos aos adeptos.

Raro é o momento em que não são capturados a olhar para o seu telemóvel com uns headphones maiores que as suas cabeças. Sabem que são os maiores ativos dos clubes e abusam, por vezes e discretamente, da sua própria posição, atravessando-se entre o público em geral que os idolatra e a entidade que representam. Vem este tópico à baila pelo sucedido que deu a estocada final na saída do ex-treinador da equipa A do Benfica. Há que abrir processos disciplinares ao(s) jogador(es) envolvido(s) para apurar a eventual violação dos deveres nos artigos 13.º quer da Lei do contrato de trabalho do praticante desportivo, quer do Contrato Coletivo de Trabalho. Há que meter ordem na casa e mostrar quem manda pois não há investimento que compre o respeito!