O primeiro sinal de que poderia correr mal com o Casa Pia
Em nome da necessidade de gerir o plantel e a condição física dos jogadores, Bruno Lage terá sempre argumentos que não temos, mas só é possível comentar o que está à vista e custa-me perceber que a melhor forma de capitalizar o momento de um jogador que marcou três golos ao Barcelona seja sentá-lo no banco no jogo seguinte.
Avançado grego com a confiança reforçada depois do 'hat trick' que assinou contra o Barcelona na Liga dos Campeões. Agora só pensa em continuar com pé quente no campeonato, amanhã, contra o Casa Pia. Afinal, não marca para a Liga há um mês
Pavlidis a suplente na derrota de ontem do Benfica com o Casa Pia foi, talvez, o primeiro sinal de que as coisas poderiam correr mal. Teve qualquer coisa de anticlímax, a fazer descer os adeptos à terra quando o que eles querem é andar nas nuvens.
Naturalmente que um 1-3 com o Casa Pia não se explica por aqui, até porque não há muito tempo o ponta de lança grego marcava poucos golos, e um plantel como o do Benfica deve ter (e tem) mais soluções. Mas logo agora que o ketchup parecia soltar-se, como, aliás, frisou o treinador, meter-lhe a tampa parece fazer pouco sentido.
Na mesma lógica, começar com Schjelderup no banco também teve algo de travão à alegria que o jovem extremo norueguês colocou nos últimos cinco jogos da equipa.
Olhando para as escolhas do onze e posicionamento de Di María, mais ao centro e menos na ala, o que pareceu foi que Bruno Lage tinha um plano e que pensou em demasia no adversário, perdendo com isso o que de bom e simples conseguira na grande reação às duas derrotas seguidas com SC Braga e Sporting.
A segunda parte do jogo com o Casa Pia pareceu as primeiras partes de outros jogos. E ninguém esperava isso depois da grande exibição frente ao Barcelona.