Casa Pia-Benfica, 3-1 Pouco Di María, pouco Akturkoglu, muito pouco equipa - Os destaques do Benfica
Exibição cinzenta em ideias de todos. Otamendi tentou ser farol, mas águias perderam na 19.ª ronda da Liga
A FIGURA - OTAMENDI (6)
No jeito dele impetuoso, com qual aborda muitos lances e estreita a linha entre o grande corte e o grande erro, Nicolás Otamendi foi sempre passando o sinal à equipa de que não havendo arte seria importante lutar muito com o coração. Aos 36' fez um grande corte quando Nuno Moreira ameaçava entrar direito à baliza de Trubin pelo centro da área; aos 37' anulou novo lance prometedor de perigo e com o mesmo protagonista, Nuno Moreira; aos 69' fez um corte determinante quando Livolant se preparava para fazer mira à baliza. Atacou sempre a bola nos pontapés de canto e esteve perto do golo. Num deles, já em período de compensação, preparava-se para tentar um golo artístico, mas António Silva tirou-lhe a possibilidade de ser feliz. O central e capitão não foi brilhante, mas foi bom.
(5) TRUBIN — Aos 31' foi rápido a sair aos pés de Cassiano e resolveu um problema. Esticou-se depois no remate do brasileiro, mas sem hipótese de evitar o golo. No segundo e terceiro golos também não teve culpas.
(5) BAH — Exibição competente, mas de mínimos olímpicos, a defender bem, mas a atacar com pouca convicção. Aos 24' conseguiu um belo desarme que possibilitou remate perigoso de Akturkoglu.
(4) ANTÓNIO SILVA — Entrou bem no jogo, mas desligou-se dele e perdeu confiança a partir do passe curto, errado, que fez para a zona central, onde Cassiano recuperou a bola e atirou para o primeiro golo do Casa Pia. No lance do terceiro golo foi lento a recuperar num lance de canto e deixou Carreras com dois para vigiar.
(5) CARRERAS — Viu-se pouco no ataque e a boa marcação do adversário cortou-lhe as ideias na transição, mas nunca desistiu. Fez um bom passe, aos 45', que quase deixou Barreiro na cara do golo. A defender foi intenso, mas fica ligado ao segundo golo porque não conseguiu acompanhar uma cavalgada de Larrazabal, que depois assistiu Nuno Moreira.
(5) FLORENTINO — Primeiros 25 minutos muito bons, com vários cortes importantes e nos quais foi o principal responsável por o Casa Pia não conseguir sair para o ataque. Depois perdeu capacidade de jogar no espaço e passou o tempo a correr atrás dos adversários mas em esforço.
(6) LEANDRO BARREIRO — Pressionou alto e combinou bem no ataque, sobretudo com Arthur Cabral. Ganhou o penálti do golo do Benfica e foi dos mais esclarecidos e a querer empurrar a equipa para a frente. Terminou mais recuado, após a saída de Florentino.
(5) DÍ MARÍA — Menos encostado ao flanco e mais em zonas interiores, a qualidade que tem nunca compromete. Concretizou o penálti sem tremer e tem pelo menos duas aberturas, a variar o flanco, uma para Akturkoglu, aos 25', e outra para Kokçu, aos 49', que não são para todos. Mas teve pouca intensidade, ou fôlego, e acabou cedo, obrigando outros a trabalho redobrado.
(5) KOKÇU — Prometeu fazer a diferença com um grande passe para remate de Arthur Cabral, aos 7', mas depois alternou entre o bom e o mau. Aos 37' fez um mau passe para Florentino em zona proibida que ofereceu lance perigoso ao Casa Pia (inclusivamente um penálti de Otamendi, depois revertido após consulta ao VAR); aos 49' faz um grande remate para boa defesa de Sequeira, mas aos 54' voltou a errar o passe numa transição e o adversário atirou à baliza.
(5) AKTURKOGLU — Boa entrada, determinada, com bastante compromisso defensivo, muito boas combinações, sobretudo com Arthur Cabral e Di María, e também remates - um a beijar a trave, aos 25'. Depois perdeu-se em más decisões e pareceu muito desgastado, o que o fragilizou nos duelos defensivos; aos quais, porém, nunca virou a cara.
(5) ARTHUR CABRAL — Com bola foi sempre muito perigoso e rematou aos 2',7', 44' e 80', forte, mas à figura de Sequeira. Sem bola pressionou bastante, mas com num raio de ação limitado, sem verdadeiramente condicionar a saída de bola do adversário. Fez por ser mais influente e decisivo no jogo, mas na verdade não o foi.
(4) SCHJELDERUP — Nas poucas oportunidades que teve não conseguiu passar pelos defesas.
(5) PAVLIDIS — Boa entrada no jogo. Causou problemas e ameaçou perigo
(5) AURSNES — Com ele em campo a equipa ganhou critério no passe e geometria, pelo flanco direito.
(4) AMDOUNI — Ansioso para ter a bola e lançar ataques, mas não trouxe soluções diferentes.
(5) MANÚ SILVA — Estreou-se pelo Benfica. Boa qualidade de passe e uma falta ganha à entrada da área do Casa Pia, aos 90+1', que possibilitou a Kokçu rematar com relativo perigo.