Esta tem de ser a Seleção dos... Conquistadores
Esta é mesmo a melhor geração de sempre do futebol português. Nunca a Seleção Nacional teve tanta qualidade em quantidade
Portugal ganha e recomenda-se. Depois de ter limpo a fase de grupos, a Seleção Nacional já aquece para o Euro 2024 e, com toda a naturalidade, somou mais uma vitória no primeiro de três jogos de preparação - o teste com a Croácia já será mais exigente, mas considero que falhou no calendário um embate com uma seleção de topo. Contra a Finlândia, mais uma vitória. Para não variar. É assim, com hábitos ganhadores, que começam as grandes conquistas.
Na dia da conferência de imprensa do anúncio dos 26 convocados, e quando confrontado com o hábito bem português de dar uma alcunha à equipa de todos nós antes de uma grande competição, Roberto Martínez admitiu o nome de Sonhadores, mas não o subscreveu. «Gostava de estar mais perto, de controlar o sonho... Vou esperar para decidir», disse. Fez bem o selecionador. Portugal não tem Seleção para sonhar, tem Seleção para ganhar o Euro. E o cognome bem poderia ser... Conquistadores.
Considero que esta é mesmo a melhor geração de sempre do futebol português e desta equação só posso excluir os Magriços, já que não era nascido em 1966. Nunca a Seleção Nacional teve tanta qualidade em quantidade. A substituição de Otávio por Matheus Nunes é só um bom exemplo. Pessoalmente, até considero que Portugal ficou a ganhar, porque o jogador do Manchester City é diferente de todos os outros médios que o espanhol tinha chamado. Tem transporte de bola invulgar e é um jogador muito intenso e rotativo, o que dá sempre muito jeito, principalmente numa prova tão curta e disputada no final de épocas cada vez mais desgastantes.
Voltando a esta geração que parte à conquista da Alemanha, registe-se o facto de grande parte dos eleitos jogarem nos principais campeonatos europeus, o que desde logo lhes dá outro traquejo. De resto, quase todos estão habituados a ganhar. Muito. Época após época. Tanto que, por exemplo, apenas quatro ainda não tem no currículo um título de campeão nacional, seja em Portugal, Espanha, Inglagterra ou mesmo Arábia Saudita: Rui Patrício, Pedro Neto, Diogo Jota e Bruno Fernandes. O que mais do que curioso é um excelente indicador, até porque o primeiro foi só o titular na maior conquista de sempre do futebol português, o Euro 2016, e o último é para mim o melhor jogador português da atualidade...