Entrevista A BOLA Zicky Té: «Não há um objetivo só para o Sporting»

Entrevista do pivô do Sporting a A BOLA, no lançamento da Ronda de Elite da Liga dos Campeões de futsal

Em entrevista a A BOLA, Zicky Té, pivô do Sporting, fez o lançamento da Ronda de Elite da Liga dos Campeões de futsal, que se disputa no Pavilhão João Rocha entre 26 de novembro e 1 de dezembro e contará também com SC Braga, Anderlecht e Plzen. À data da entrevista, Zicky preparava-se para voltar à competição, frente ao Torreense, ele que ainda não jogou pelo Sporting esta época, devido a lesão. Mesmo tendo acabado por não jogar, Zicky focou a concentração no embate em Torres Vedras antes da Champions. Sobre o grande objetivo, garante, não há apenas um: «O grande objetivo da época do Sporting traduz-se nos grandes objetivos.»

Está pronto para voltar à competição?

Estou muito motivado, preparado, ou ainda a preparar-me para voltar já à competição. Estamos a pensar jogo a jogo. Antes de termos a Champions, ainda temos o jogo contra o Torreense. O nosso foco está muito virado para lá. Temos de fazer um bom resultado [Sporting venceu por 7-0], uma boa exibição, antes de pensarmos na Champions. Penso que é isso que nos traduz. De competição em competição, temos muitos jogos em pouco tempo e temos de gerir, um passo de cada vez. Não podemos dar passos maiores que a perna.

Na Liga dos Campeões, vão encontrar, pelo terceiro ano consecutivo, o Anderlecht, o Plzen, com quem nunca jogaram e o SC Braga. Como olham para esta Ronda de Elite?

Olhamos para esta Ronda de Elite como olhamos para todos os jogos. Nós entramos em campo com um objetivo único, que é vencer o jogo. Nesta competição, não será diferente. Sabemos bem as dificuldades que vamos encontrar. Sabemos os adversários fortes que temos pela frente. E o historial nada nos diz, porque sabemos como é o desporto. Cada jogo tem a sua história. Sabemos que temos de estar no máximo das nossas concentrações e das nossas energias. Vamos contar também com a atmosfera do Pavilhão João Rocha, temos esse fator casa, para levar de vencidas as equipas, sem pensar no historial ou no que já passou.

O Sporting, no ano passado, não venceu o SC Braga em três jogos, depois venceu três consecutivos na final e agora voltou a vencer (5-1). É possível dizer que não se tira nada desse jogo?

Podemos sempre tirar ilações, podemos sempre tirar as coisas boas que fizemos, as coisas más. Podemos melhorar para estarmos melhores no jogo seguinte. Mas o resultado é importante na altura em que é executado. Na fase que aí vem, de nada nos serve. Se não trabalharmos em campo, se não formos nós próprios, se não formos fiéis à nossa identidade, de nada nos serve. Por isso é que eu disse, tem de ser jogo a jogo, que é para conseguirmos os melhores resultados. Não podemos pensar no que já aconteceu.

O facto de o SC Braga estar nesta fase da competição representa o equilíbrio que tem vindo a crescer no campeonato?

Claramente que sim. O Braga tem uma grande equipa e é de salientar o trabalho que eles têm vindo a fazer, com grandes jogadores que nos causam muitas dificuldades, causam muitas dificuldades às equipas da Liga. Viu-se, agora, as exibições deles na Champions. E, como disseste anteriormente, antes de chegarmos às finais, tínhamos perdido três jogos contra eles. Se não me engano, empatamos um e perdemos dois contra eles. Isso também mostra a equipa forte que são. Foi o que eu disse: nós temos de ser fiéis à nossa identidade. Sabemos o clube que representamos, sabemos o peso que tem a camisola, sabemos a vontade que os jogadores têm de vencer os jogos. Independentemente de ser uma Champions League. Nós entramos para ganhar os jogos. Independentemente de ser Champions, do adversário. E, como disse, não será diferente este jogo.

A Liga dos Campeões é o grande objetivo do Sporting esta época?

O grande objetivo da época do Sporting traduz-se nos grandes objetivos. Não há um objetivo só. Nós temos várias competições. Felizmente, estamos em todas as competições possíveis a nível de clube. E o nosso foco é vencer todas as competições. É entrar para ganhar, sabendo que temos de ter os pés bem assentes na terra. Que temos adversários fortes pela frente. E que temos de trabalhar muito se quisermos ganhar os jogos. Não temos um único objetivo. A Champions é mais um objetivo dentro daqueles que estipulámos.