22 novembro 2024, 20:00
Atenção, Benfica: Mónaco tem de sofrer mas segura vice-liderança
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Nicolas Vilas, jornalista português da RMC, revela os pontos fortes e fracos do Mónaco e conta como em França se olha para o Benfica. «Há sempre grande respeito e admiração pelos clube portugueses»
Nicolas Vilas, 41 anos, jornalista português da Radio Monte Carlo (RMC), com raízes em Barcelos e sócio do Gil Vicente, acredita que o Mónaco-Benfica, quarta-feira, em Monte Carlo, da quinta jornada da Liga dos Campeões, «pode ser um grande jogo». Os monegascos estão no segundo lugar da Ligue 1 e no segundo lugar da Champions e o Benfica atravessa um bom momento e, considerando o «potencial ofensivo» das equipas, «seria uma surpresa se não houvesse golos».
Uma coisa, desde logo, é certa. «Haverá muitos portugueses no estádio», antecipa. Provavelmente, até em maioria. «O estádio está quase sempre com poucas pessoas. Há mais adeptos do Mónaco fora do principado. É um clube histórico, com palmarés, que produziu grandes jogadores, mas não tem atração mediática. Pela dificuldade de encher o estádio, pela comunidade portuguesa lá perto, de Beausoleil, Nice ou Marselha, e de toda a França, haverá muita gente a apoiar o Benfica», argumenta Nicolas Vilas.
Não será surpreendente, como tal, que o Mónaco tenha feito «anúncios de rádio a pedir o apoio da equipa». Já causa alguma surpresa o uso das palavras. «Pede apoio para os vermelhos e brancos. Ainda alguém pensa que é para apoiar o Benfica», brincou Nicolas Vilas.
Do Benfica, em França, fala-se «com grande respeito». Fala-se «muito» de Ángel Di María, que passou sete anos no PSG, e, claro, de Renato Sanches, emprestado pelos parisienses ao Benfica. «Há sempre uma atenção especial a Renato Sanches. E alguma amargura a frustração por não se conseguir perceber como alguém, com tanto talento e capacidade, sofre tantas lesões», assinala o jornalista da RMC.
Em França, partilha Nicolas Vilas, há, também, «grande admiração, de uma forma geral, pelos clubes portugueses e, sobretudo, pelo desempenho nas competições europeias», por serem de um «país pequeno, sem os meios financeiros dos clubes franceses».
O adversário do Benfica «é uma boa equipa» e o perigo está nos extremos Maghnes Akliouche e Eliesse Ben Seghir, «os craques e os melhores marcadores da equipa», com quatro golos. Os avançados Breel Embolo e Takumi Minamino também justificam atenção, não esquecendo o jovem avançado George Ilenikhena e o médio Aleksandr Golovin.
«O Mónaco tem uma boa combinação entre juventude e experiência. E também alguma polivalência tática. Costumam jogar com três centrais, mas também já jogaram com linha defensiva de quatro. O Benfica precisa de ter cuidado com a capacidade ofensiva do Mónaco. Diria que o ponto fraco é a defesa e especialmente o defesa-central Thilo Kehrer. Será o símbolo da instabilidade defensiva. É um paradoxo ter a melhor defesa do campeonato e poder sofrer um golo a qualquer momento», analisa Nicolas Vilas.
22 novembro 2024, 20:00
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O treinador Adi Hutter «é superinteressante» e, numa análise geral, o reflexo de os clubes franceses «apostarem mais em técnicos estrangeiros». «Também nas principais ligas isso acontece», assinala Nicolas Vilas.