Wolverhampton-Chelsea: a armada portuguesa contra o exército londrino
Wolves-Chelsea de 2023 (IMAGO / PA Images)

ANTEVISÃO Wolverhampton-Chelsea: a armada portuguesa contra o exército londrino

INTERNACIONAL25.08.202408:30

'Wolves' e 'blues' procuram reverter o resultado negativo que ambos obtiveram no arranque da Premier League

O que é que Wolverhampton e Chelsea têm em comum? Ambos arrancaram o campeonato com o pé esquerdo e logo contra um candidato ao título.

Como se diz na gíria, saiu a fava ao Chelsea. Logo na primeira jornada do campeonato os blues enfrentaram, nada mais nada menos, que os tetracampeões do Manchester City. Os comandados de Enzo Maresca acabaram por sair derrotados, em casa, por 2-0.

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Se o Chelsea enfrentou o campeão, coube aos wolves jogar com o vice-campeão, o Arsenal. Até o próprio resultado acabou por ser semelhante e a armada portuguesa do Wolverhampton também saiu derrotada por 2-0.

Desta vez, sem campeões e vice-campeões pelo meio, a conversa é só entre os dois. A armada lusa do Wolverhampton vai, em casa, procurar os primeiros pontos da Premier League contra o Chelsea que, dado do tamanho do plantel, está mais para um exército.

O Wolverhampton tem sido um osso duro de roer para o Chelsea. Ainda que o histórico de confrontos dê vantagem aos blues, esta é bastante magra, contabilizando 44 vitórias e 43 derrotas para o Chelsea (30 empates), em 117 confrontos contra os wolves. A última vitória dos blues contra o Wolverhampton foi em 2022, contudo, fora de casa, o buraco é mais fundo e é preciso recuar até setembro de 2019 para termos um vislumbre do último triunfo do Chelsea no estádio Molineux.

Ainda assim, Enzo Maresca mostrou-se confiante para o encontro e, entre os mais de 40 jogadores que fazem parte do seu plantel, o técnico italiano afirmou que espera contar logo com um ex-jogador dos wolves, o português Pedro Neto: «Precisamos dele. O Pedro é o tipo de extremo que tenta sempre o um contra um e cria um impulso que é muito importante para a equipa».

Falando em portugueses, houve outro que mereceu destaque de Maresca na antevisão da partida contra o Wolverhampton. O italiano levantou a possibilidade de a mais recente contratação dos blues, João Félix, poder ir a jogo: «Se ele estiver disponível, com certeza pode ter a oportunidade de jogar», garantiu o treinador.

Contudo, Maresca voltou atrás e foi contido quanto a João Félix: «Em termos de saber a maneira como queremos jogar, provavelmente ainda não está pronto. Em termos de condição física, acho que ele está pronto porque já estava a jogar [no Atlético de Madrid]. Ele precisa de mais tempo para entender a maneira como queremos jogar, mas, no geral, acho que ele pode ir a jogo».

Não é só no Chelsea que existe a noção da qualidade de Pedro Neto, no Wolverhampton também existe. Gary O'Neil, falou sobre o seu antigo avançado na antevisão da partida: «O importante para ele agora é poder jogar semana após semana. Eu sempre senti que ele era infeliz com lesões, ele nunca me pareceu propenso a lesões. Isso será um ponto de interrogação em torno dele neste momento».

«Ele pode jogar em qualquer clube do futebol mundial. O seu talento, ética de trabalho e atributos físicos permitem que ele jogue em qualquer nível que quiser», acrescentou O'Neil, que não terminou os elogios por aí: «ele é um dos melhores jogadores do futebol mundial. O que ele faz no um contra um, o ritmo explosivo, ele faz coisas que muitos jogadores não podem fazer. Foi um adeus emocionante».

Onzes prováveis:

Wolverhampton: José Sá, Doherty, Mosquera, Toti Gomes, Rayan Nouri, Mario Lemina, João Gomes, Hee-Chan Hwang, Bellegarde, Rodrigo Gomes, Larsen

Chelsea: Sánchez, Gusto, Fofana, Colwill, Cucurella, Enzo Fernández, Caicedo, Pedro Neto, Nkunku, Cole Palmer, Nicolas Jackson