Premier League: Manchester City quer descolar na liderança
Bernardo Silva celebra com Haaland e Doku (IMAGO)
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ANTEVISÃO Premier League: Manchester City quer descolar na liderança

'Citizens' enfrentam West Ham, Arsenal ou Brighton vão ter de perder pontos

Manchester City, Arsenal, Brighton e Liverpool. São estas as quatro equipas que entram na terceira jornada da Premier League com seis pontos conquistados. Os citizens, tetracampeões, pretendem, desde cedo, descolar-se dos adversários diretos, para voltarem a assumir o favoritismo que, de uma maneira ou outra, sempre lhes pertencerá. Agora, o desafio é bem a sul de Manchester: Pep Guardiola e seus pupilos rumam a Londres para enfrentar o West Ham.

O técnico já confirmou que Phil Foden, doente, não joga. Já Gundogan «só precisa de um minuto» para se ambientar à equipa a que pertenceu até ao início da última temporada, quando rumou ao Barcelona. «Estou feliz com o plantel», assume o espanhol, que, entre os disponíveis, terá Bernardo Silva, Rúben Dias e Matheus Nunes, bem como o reforço Savinho, que já provou, nas duas primeiras jornadas, que é cada vez mais uma certeza no onze do Man. City.

Do outro lado, está o West Ham, de Julen Lopetegui. Os hammers foram dos que mais se reforçaram neste defeso - compraram Kilman, Wan-Bissaka e Todibo para a defesa, Guido Rodríguez para o miolo e Luís Guilherme, Summerville e Fullkrug para o ataque - ainda não conseguiram, com o novo técnico, apresentar o futebol esperado. Para o compatriota de Guardiola, o Manchester City é «a melhor a equipa do mundo», mas há a esperança de «ultrapassar uma equipa incrível». Haaland, diz, não vai ser a única preocupação do emblema londrino.

Haaland começou a época... à sua maneira. Quatro golos já apontados nas primeiras duas partidas, incluindo um hat-trick na passada jornada, frente ao Ipswich. Agora, com o West Ham, deverá, certamente, ser titular, tal como Kevin De Bruyne, outra 'instituição' do Manchester City (e, de uma maneira geral, do mundo do futebol). A ausência de Foden pode empurrar Bernardo para a esquerda, abrindo espaço ao regresso de Gundogan ao meio-campo. Do lado adversário, Lucas Paquetá, Jarrod Bowen e Mohammed Kudus são as grandes armas criativas, mas é na estabilidade defensiva que a equipa, que deverá sofrer o habitual cerco dos citizens. O contra-ataque será, certamente, a grande arma de Lopetegui para este encontro em que, se o Man. City conseguir entrar na muralha, não deve falhar.

Arsenal e Brighton sabem que, ou uma ou as duas, em caso de empate, vão perder pontos e, por isso, é preciso jogar... para ganhar. Frente ao Arsenal, os seagulls deverão jogar mais atrás, com Mitoma e Minteh ou Adingra, na velocidade, a serem as grandes armas. Na frente, a experiência de Welbeck pode fazer a diferença, mas, à semelhança do que acontece com o Manchester City, o momento do Arsenal é de domínio e sufoco.

Ainda que a pressão não seja tão certeira como a do adversário, certo é que, até agora, o Arsenal ainda não sofreu qualquer golo. Odegaard, Saka e Rice entraram na época como saíram da passada - em grande nível - e, se eles falharem, Saliba continua na discussão para um dos melhores defesas centrais do Mundo. Uma partida que não é favas contadas para os gunners, mas que os comandados de Arteta devem, certamente, dominar.

Nuno Espírito Santo e Jota Silva recebem a armada portuguesa do Wolverhampton em início de época bem díspar: se o Forest bateu o Southampton e empatou com o Bournemouth, o Wolves soma já duas derrotas. Nem tudo é para alarme: os adversários da equipa de Podence, Chiquinho, Nélson Semedo, Rodrigo Gomes, Toti Gomes e José Sá foi derrotada por Arsenal e Chelsea.

A derrota com os blues, porém, pode mostrar alguns sinais de que nem tudo vai bem. Foram seis golos sofridos, quatro na segunda parte, para os quais a equipa de Gary O'Neill não teve qualquer resposta. Já o Forest parece estar mais oleado e, a jogar na sua casa, o City Ground, tem tudo para levar a melhor.

Dois jogos, duas derrotas. Zero golos marcados, sete sofridos. É preocupante o início de campeonato deste Everton, de Chermiti, Beto e João Virgínia, que recebe o Bournemouth. Os cherries, que empataram com Southampton e Newcastle, não mostram tantos sinais de fragilidade como o adversário de Liverpool e podem, então, levar pontos do Goodison Park.

O Ipswich, de Kieran McKenna, também soma duas derrotas, mas foram frente a Liverpool e Manchester City. Apesar dos resultados - e contrariamente ao que acontece com o Everton - a recém-promovida equipa à Premier League mostra sinais de estar... para ficar. Terá agora o primeiro duelo olhos nos olhos, com o Fulham, treinado por Marco Silva, que ainda procura restabelecer-se de saídas como João Palhinha ou Bobby Decordova-Reid. Depois de perderem em Old Trafford, para o Man. United, os cottagers bateram o Leicester por 2-1, mostrando que nem tudo está naquela zona de Londres.

Thomas Frank prepara-se para perder Ivan Toney para o Al Ahli, mas isso não abala as qualidades do Brentford. A equipa tem em Mark Flekken, guarda-redes, e Bryan Mbeumo, avançado, as maiores valias, sem deixar de querer jogar um futebol coletivo e de pressão (mesmo que, por vezes, alguns espaços apareçam). O Southampton, que ainda não ganhou neste regresso à Premier League, tem pela frente mais uma dura tarefa: a equipa parece ainda não estar pronta para as rotinas do futebol de elite, mas quererá, certamente, lutar por pontos.

O Aston Villa, que perdeu por 0-2 frente ao Arsenal na passada jornada, continua a demonstrar bom futebol e vontade de chegar aos patamares cimeiros da Premier League. Apesar das saídas de Douglas Luiz e Moussa Diaby, adições como Ian Maatsen ou Amadou Onana já começam a fazer a diferença nos villains, que continuam a jogar com intensidade e virados para o ataque. Do outro lado, está o Leicester City, de Ricardo Pereira, que empatou com o Tottenham e perdeu com o Fulham por 1-2. Continua o crescimento do campeão de 2015/16, recém-promovido, que terá muito que sofrer para bater este Villa.