Vítor Pereira revela que esteve perto de treinar na La Liga
Técnico português está atualmente no Al Shabab da Arábia Saudita; em entrevista, fala da formação que fez no FC Porto e revela os dois clubes espanhóis que mostraram interesse na sua contratação
Falando com o jornal espanhol Relevo, Vítor Pereira revelou que teve em negociações com dois clubes da La Liga, que mostraram interesse na sua contratação: «Tive reuniões com o Sevilha e o Almería. Não era o momento certo, estivemos muito perto de assinar, mas o Sevilha optou por outra pessoa. Fui eu que disse não ao Almería, entendi que não era o projeto mais adequado aos meus objetivos. O Sevilha é um grande clube, gostei muito das ideias, mas acabaram por optar por outro treinador.»
Os sevilhanos já vão no terceiro treinador esta época – Quique Flores, depois de Diego Alonso e José Mendilibar – e o Almería já vai em quatro, estando praticamente condenado à descida de divisão.
O português explicou depois como a formação que fez no FC Porto influenciou para sempre a sua carreira: «Treinei no Porto, um grande clube europeu. Treinei para ganhar, sempre. Passei oito anos lá para ganhar a lidar com a pressão (…). Cresci num clube vencedor, onde um empate é uma derrota e duas derrotas seguidas são um desastre.»
Vítor Pereira não tem dúvidas sobre o que ainda quer fazer na carreira - «treinar numa grande liga europeia» - e está confiante de que, com a sua equipa técnica, chegará a esse patamar.
«Tenho muita confiança no nosso trabalho, na experiência que tenho na Liga dos Campeões ou na Liga Europa. Uma experiência com o FC Porto, o Fenerbahçe, o Olympiacos, o Corinthians, o Flamengo. Uma experiência de trabalho em países culturalmente tão diferentes como a China ou a Arábia. Penso que [esse objetivo] será uma realidade num futuro próximo.
Campeão nacional com o FC Porto por duas vezes, também o foi na Grécia (Olympiakos) e na China (Shanghai SIPG). Para além disso, passou também por Fenerbahçe, pelo 1860 Munique e, no Brasil, pelo Corinthians e o Flamengo. Isto tudo porque, como o próprio admite, o futebol é a sua droga.
«Preciso dele todos os dias. Tomá-lo é a energia que me faz viver, ser planeador. É como ver uma criança a crescer. Não se trata apenas de ganhar, mas de jogar com qualidade e desfrutar disso, para os adeptos e para os jogadores. Criar esse futebol é como criar um filho», explicou.
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