Vítor Campelos: «Sabemos que o Farense vem motivado, com a chispa»

NACIONAL29.09.202413:18

Aves SAD recebe o Farense, que estreia Tozé Marreco no comando técnico, no último encontro da sétima jornada. Algarvios ainda não venceram esta época

Na conferência de imprensa antes do jogo de segunda-feira, às 20h15, frente ao Farense, Vítor Campelos, treinador do Aves SAD, expressou confiança no trabalho da sua equipa, que se encontra invicta nos jogos disputados em casa. Campelos sublinhou o objetivo claro de conquistar a terceira vitória consecutiva no seu estádio, reconhecendo, no entanto, o desafio que um adversário em mudança técnica pode trazer.

«Queremos fazer um bom jogo e conquistar os três pontos. Sabemos que o Farense vem motivado, com a chispa, como é natural após uma mudança de treinador, mas isso não altera o nosso foco. Se mudar de treinador fosse a solução para todos os problemas, então todas as equipas ricas mudariam constantemente de técnico. Vamos encontrar uma equipa com valor e, por isso, temos de estar muito concentrados e queremos manter os bons resultados em casa.»

Com o Aves SAD a destacar-se como uma equipa sólida em casa, o técnico frisou a importância de continuar a aproveitar o fator casa e o apoio dos adeptos. «Queremos manter os resultados positivos em casa. Sabemos que o campeonato é extremamente competitivo e quando jogamos no nosso estádio sentimos mais conforto, especialmente com o apoio dos nossos adeptos. Neste campeonato, todas as equipas têm qualidade para lutar pela vitória. O José Mota fez o melhor que pôde, mas isso nem sempre define o destino de um treinador. Agora temos o Tozé, que traz uma ideia diferente e ainda não sabemos exatamente o que vamos encontrar. Por isso, temos de ser uma equipa muito concentrada e com vontade de ganhar. Há três pontos em disputa e o nosso objetivo é alcançá-los.»

Quando questionado sobre a recente mudança no comando técnico do Farense, agora liderado por Tozé Marreco, Vítor Campelos não se mostrou particularmente preocupado: «Acredito que é indiferente. Deus quis que fosse assim e estamos prontos para o que o jogo nos trouxer. Sabemos que os jogadores do Farense vão querer mostrar-se ao novo treinador, mas estamos focados no nosso trabalho e no objetivo de somar mais três pontos em casa.» Na reta final da época passada, Tozé Marreco substituiu Vítor Campelos no comando técnico do Gil Vicente.

Relativamente à preparação da equipa e ao plantel disponível, Campelos destacou o compromisso dos seus jogadores, revelando que o reforço Zé Luís pode ser chamado: «Têm trabalhado bem, estão motivados, e sinto que estão prontos para este desafio. Quanto à convocatória, ainda não está fechada, mas o Zé Luís tem treinado bem e pode ser uma opção. Já o Nené ficará de fora.»

Por fim, ao ser questionado sobre a sorte no futebol e como ela pode ditar o futuro de um treinador, Campelos afirmou acreditar «mais no trabalho»:

«Os treinadores vão trabalhando com os jogadores que chegam, muitas vezes já com a pré-época em andamento. Eu sou muito focado no treino, no exercício, e acredito firmemente no trabalho. Quando as equipas têm tempo para trabalhar e os treinadores conseguem criar automatismos, as coisas tornam-se mais fáceis. Tive essa experiência em Chaves, onde subimos, mantivemos a estrutura e acabámos em sétimo lugar. Para um treinador, ter o plantel fechado antes do início da época é fundamental. Quem esteve presente na minha primeira conferência de imprensa sabe que defendo que o mercado de transferências deveria fechar alguns dias antes do início do campeonato. Isso não só garantiria uma maior qualidade competitiva, como também asseguraria a verdade desportiva, pois todos os jogos valem os mesmos pontos, e é injusto que jogadores comecem a época numa equipa e possam mudar a meio», disse Vítor Campelos, de forma a assinar por baixo as declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, que saiu em defesa de alguns treinadores que têm poucas condições na preparação das equipas.

«São umas declarações de quem está atento e corroboro a ideia dele. Quanto mais tempo houver, melhor é para a equipa e a equipa será mais forte. Temos 12 nacionalidades na nossa equipa, muitos chegaram este ano e estão-se a conhecer, só assim a equipa será mais forte.»