Vasco Matos agradece elogios de Rúben Amorim: «Isso reforça o que temos feito»

Treinador do Santa Clara fez a antevisão ao encontro com o Boavista e comentou as palavras positivas do técnico do Sporting sobre o bom arranque de temporada dos açorianos

Quatro vitórias em seis jogos para o Santa Clara, perdendo apenas com Benfica e FC Porto, o que comprova o bom momento que o Santa Clara está a viver, mas Vasco Matos, apesar de reconhecer a situação, destaca a importância de aumentar o nível e aponta para o perigo na receção ao Boavista.

«Sem dúvida que será um jogo muito difícil, como são todos. Obviamente que do outro lado vai estar uma equipa que tem mostrado essa resiliência, que não desiste de nenhum lance, que corre e luta muito e nós temos de continuar a ser a equipa que temos vindo a ser desde há algum tempo, desde o início do nosso trajeto aqui. Não podemos perder o foco e os valores que alimentamos aqui diariamente, temos de estar muito preparados e no limite para conseguir conquistar os três pontos», começou por dizer, em conferência de imprensa de antevisão ao encontro, antes de falar sobre o bom momento da sua equipa, contra o mau momento dos axadrezados.

«Nós nunca olhamos para os resultados. Olhamos sempre para o que têm feito ao longo dos jogos, aquilo que é o processo deles e o que isso nos diz é que são uma equipa muito combativa, muito lutadora e uma equipa que corre até à exaustão durante os 90 minutos. É para isso que temos de olhar e é para isso que temos de estar preparados», explicou o técnico de 43 anos, comentando, de seguida, os elogios de Rúben Amorim, que referiu o facto do Santa Clara ser um dos únicos clubes portugueses a manter a base, tanto jogadores como treinadores, de uma época para a outra, o que lhes também está a dar resultados em 2024/25.

«Reforça aquilo que é a nossa ideia, a linha de produção do Santa Clara desde que aqui chegámos. Criámos uma identidade muito forte, estamos a trilhar o nosso caminho todos juntos e isso dá muito trabalho, porque é um trabalho de todos os departamentos do clube, não só da equipa técnica e jogadores. Há ainda um longo caminho a percorrer, mas obviamente que isso reforça o que temos feito, mas temos de continuar porque não é fácil manter isto. Obviamente que estas palavras nos deixam felizes, porque é sinal de que já começamos a deixar a nossa marca no futebol, eu como treinador também quero deixar uma marca, mas não podemos adormecer, amanhã temos de ser melhores do que fomos ontem. Sinto que o clube está a caminhar nesse sentido», disse, sendo ainda questionado sobre um possível apuramento para as competições europeias.

«Não penso nisso sinceramente. Há muita coisa para fazer ainda. Temos de olhar para o processo, só depois olhar para o produto final. Temos de olhar para o processo, trabalhá-lo, melhorá-lo, porque acreditamos que podemos melhorar muito e temos muito potencial. No final, fazemos contas, mas isso neste momento não entra nas nossas cabeças», garantiu, apelando a presença dos adeptos em mais um jogo caseiro. «Mais uma vez quero fazer um apelo para marcarem presença. Temos caminhado juntos e queremos continuar a fazê-lo, com eles ficamos mais fortes, a equipa sente-se confortável. Esperamos muita gente a apoiar-nos neste domingo.»

Por fim, ainda deixou uma mensagem de agradecimento a Rodrigo Varanda, que decidiu terminar a carreira aos 21 anos, para cuidar da sua saúde mental: «Quando aqui chegámos, implementámos um departamento de psicologia desportiva, no qual o Dr. Paulo Paiva está a realizar um excelente trabalho. É um grande profissional. Damos muita importância a isto, damos todas as condições e fazemos de tudo para que os jogadores se sintam bem. É claro que há coisas que nós não controlamos, mas nós fazemos a nossa parte e os jogadores também têm de fazer a sua. Ao Rodrigo uma palavra de agradecimento e desejar-lhe as melhores felicidades para o futuro», finalizou.