Chelsea-Brighton, 4-2 A tarde louca e mágica de Cole Palmer: quatro golos em 20 minutos!

No final da primeira parte, estava feito o resultado final. O que o internacional inglês fez foi incrível. E inédito! O Chelsea está vivo e consegue a quarta vitória em seis jornadas. O Brighton sofreu a primeira derrota e bem pode agradecer à ingenuidade da sua defesa nos 45 minutos iniciais

Que primeira parte de loucos! Seis golos no total e quatro... só de Cole Palmer, todos entre os minutos 21 e 41! E, antes, sublinhe-se que já tinha visto um ser anulado por fora de jogo, para, logo depois, acertar em cheio no poste. Mas, quando acertou, caramba!, não mais parou... Tarde de sonho do primeiro de sempre a conseguir tamanha proeza de marcar quatro golos somente na primeira parte de um jogo em toda a história da Premier League.

O último a conseguir um póquer tinha sido Haaland, em maio passado, mas os quatro golos aconteceram nas duas partes do jogo.

No duelo deste sábado, como será fácil de entender, os ataques acabaram por sobrepôr-se claramente às defesas, muito permissivas e lentas na abordagem aos lances. Resultado ao intervalo: 4-2.

E pensar que o Brighton até marcou primeiro, logo aos 7 minutos... quando, no meio de uma multidão na área, Georginio Rutter subiu mais alto e cabeceou para o 0-1. Começava, então, o festival Cole Palmer.

Primeiro atirou ao poste (19'), depois acertou na baliza (20'), mas estava em posição de fora de jogo; e, por fim, lá acertou em cheio (21'), servido na perfeição por Nicolas Jackson. 1-1.

E porque não foi só Palmer a jogar, sublinhe-se que também Jadon Sancho acertou nas redes, mas, também ele, estava fora de jogo e, após confirmação do VAR, o lance foi anulado.

Vamos então ao bis de Palmer que chegaria pouco depois, ao minuto 28, na conversão de grande penalidade por falta de Rutter. Na conversão, um clássico: guarda-redes para um lado, bola para o outro. 2-1!

A obra de arte da tarde estava guardada para o terceiro de Palmer, irrepreensível e espetacular na marcação de livre direto. Decorria o minuto 31, o jovem internacional inglês conseguia o hat-trick, o seu terceiro pelo Chelsea, proeza só antes conseguida por lendas como Hasselbaink, Drogba e Lampard. 3-1!

Antes do póquer, e compensando o desastre que estava a ser a defesa nesta tarde de sábado louca e mágica, o Brighton ainda reduziria por Carlos Baleba, aos 34', a aproveitar bem um... erro defensivo dos londrinos.

E agora sim o póquer:  Jadon Sancho faz um passe em profundidade que encontra Cole Palmer na zona de grande penalidade; este aproveita para disparar para o canto inferior esquerdo. 4-2!

As defesas encontraram outro rumo na segunda parte, pareceram mais sólidas e, apesar de terem sido ainda muitas as oportunidades criadas, sobretudo por parte do Chelsea, a pólvora parece ter secado e não houve golos na metade final do duelo.

E agora uma curiosidade: acredita se lhe dissermos que o Brihgton teve mais posse de bola (60%), teve maior precisão de passe (86% contra 76 do Chelsea), fez muitos mais passes (537-363) e muitos mais deles certeiros (462-277) e que rematou tanto como os blues (15 disparos)? Pois pode acreditar. Mas como contam as que entram... a vitória é de Cole Palmer; perdão, do Chelsea.

Por fim, sublinhe-se que houve só dois portugueses em campo neste duelo: Pedro Neto e Renato Veiga entraram na segunda parte, a tal vazia de golos – João Félix não saiu do banco da equipa orientada por Enzo Maresca.