Moreirense «Uma das mais belas páginas da minha carreira»
O Moreirense, campeão da Liga 2, já promovido à Liga, fechou o campeonato com um espetacular triunfo por 6-4, sobre o Covilhã, diante dos seus adeptos, deixando o técnico Paulo Alves, arquiteto da excelente campanha dos cónegos, em natural êxtase.
«Era importante fechar a época com uma vitória porque os adeptos ajudaram-nos muito, foram a mola real desta campanha excelente a todos os níveis», começou por destacar o treinador.
«Tem sido difícil concentrar os jogadores para as suas tarefas, permitimos algumas situações, não é agradável sofrer quatro golos, mas a equipa nunca deixou pôr o resultado em causa. Não perseguíamos recordes, mas sabíamos que se os alcançássemos, o sucesso chegava», enalteceu Paulo Alves, prosseguindo: «Foi uma história bonita, com muitas vitórias. Estou orgulhoso de tudo isto, a equipa percebeu a ideia. Quando um treinador vê que a sua ideia é desenvolvida em campo, não há orgulho maior. Esta história é fantástica, fica como uma das mais belas páginas da minha carreira como treinador e desportista.»
Em jeito de despedida, apontando a outros voos, Paulo Alves acrescentou: «Levo uma história extraordinária, de uma interação da equipa, da qual faço parte, com os seus adeptos. Quando acontecem estas vitórias todas, criam-se estes elos. Sempre transmiti esta mensagem, é obrigação das equipas técnicas e dos jogadores irem ao encontro do que o público deseja.»
O treinador destacou: «Nunca tinha representado o Moreirense, mas ando há muitos anos no futebol e percebe-se o que as pessoas sentem e gostam. Queríamos sempre mostrar atitude e vontade de ganhar, nunca desistir. As pessoas percebem quando isso acontece, ficando esta felicidade imensa da sensação do dever cumprido a todos os níveis. Tivemos um grupo extraordinário, disciplinado, que não foi nada fácil de gerir por ser homogéneo. Todos tinham expectativa de jogar, mas tiveram de ser feitas escolhas. Os jogadores colocaram sempre a equipa acima de tudo, por isso todos tiveram o prémio de ser campeões. A equipa nunca perdeu a sua identidade, todos estiveram dentro do processo quando foi necessário realizar mudanças.»