Treinador do Montalegre está orgulhoso pela oportunidade que os seus jogadores vão ter de defrontar o FC Porto, «um clube de topo mundial»; só quer que o momento seja aproveitado ao máximo e que, porventura, alguns dos atletas «atraiam luzes» para poderem melhorar os seus futuros
O Montalegre está na Liga dos Campeões. Não de forma literal, naturalmente, mas é este o espírito vivido no seio do grupo de trabalho do emblema transmontano.
Afinal, defrontar o FC Porto, ainda para mais em pleno Estádio do Dragão, pode acontecer apenas uma vez na carreira. E para os jogadores do Montalegre vai (mesmo) acontecer. Já amanhã. Assim ditaram as bolas do sorteio da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal.
O treinador do emblema barrosão tem um currículo enquanto jogador que lhe permite saber exatamente o que vai encontrar. Afinal, durante esse percurso, Tony pisou grandes palcos do futebol mundial, conquistou títulos e jogou... Liga dos Campeões.
«Um dos grandes motivos de orgulho que tenho, enquanto barrosão e montalegrense, é olhar para o calendário e ver que há um FC Porto com o Montalegre e quatro dias depois haverá um Barcelona diante do FC Porto. A nossa Liga dos Campeões será na sexta-feira», salientou o técnico, durante a conferência de Imprensa de antevisão do jogo com os dragões, e que se realizou ao final da manhã desta quinta-feira, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Montalegre.
Sobre o jogo propriamente dito, e mais concretamente aquilo perspetiva para o duelo de amanhã, Tony foi claro: «É um jogo em que não temos nada a perder e apenas temos tudo a ganhar. Sabemos que o FC Porto nunca facilita, até pelo ADN do seu treinador. Eu revejo-me muito no Sérgio Conceição. E sei que, para ele, o jogo com o Montalegre é tão importante como o jogo com o Barcelona. Teremos muitas dificuldades pela frente, mas nós todos vamos levar uma lição desse jogo. E eu, enquanto treinador, vou levar uma lição do Sérgio Conceição.»
22 novembro 2023, 14:00
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E não se pense que o facto de pela frente estar um adversário de «topo mundial» alterou a planificação da semana de trabalho. «A preparação foi exatamente igual. Trabalhámos da mesma forma, com alegria, dedicação e paixão. Agora cabe aos artistas [jogadores] desfrutarem do jogo e atrair luzes para cima deles. O que eu lhes peço é que, depois, consigam manter essa regularidade durante o campeonato. O maior título que eu podia ter enquanto treinador é que no final da época a maior parte dos meus jogadores consigam, no final da época, ir para outros patamares, melhorem as suas condições financeiras e dar estabilidade económica às suas famílias», assinalou o antigo lateral-direito de Sandinenses, Chaves, Estrela da Amadora, Cluj (Roménia), Vitória de Guimarães, Paços de Ferreira e Penafiel.
A conferência foi, naturalmente, diferente, desde logo pelo mediatismo do encontro com os portistas, e entre os vários momentos de sorriso fácil, houve um em particular que provocou gargalhada geral. Porque, afinal, não deverá haver... lesões.« Temos o plantel todo disponível. Há um outro jogador com pequenos toques, mas com ambição de pisar o relvado do Estádio do Dragão já não dói nada. Tenho a certeza que os meus jogadores vão ser uns campeões na dignidade e no trabalho e que as pessoas vão orgulhar-se deles e do Montalegre. No final do jogo, impendentemente do resultado, eu estarei sempre cá para dar a cara perante o que acontecer», vincou o técnico, que no próximo dia 20 de dezembro vai completar 43 anos de idade.
22 novembro 2023, 13:00
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