Segunda parte da AG do Benfica com assuntos quentes ainda por discutir
Segunda volta das eleições, votos das casas, impedimentos e incompatibilidades vão a votação
A Assembleia Geral Extraordinária de revisão dos estatutos do Benfica prossegue, hoje, no pavilhão número 1 da Luz ainda com muitos assuntos para discutir e aprovar pelos sócios. Suspensa a 21 de setembro já depois da aprovação da proposta de consenso — produzida em colaboração pela Direção, movimento Servir o Benfica e elementos da comissão de revisão de estatutos — na generalidade e da aprovação de 22 artigos na especialidade, dois através de propostas de sócios, é retomada hoje com mais 75 artigos para os sócios debaterem.
Alguns do temas são sensíveis e conduzirão, seguramente, a profunda discussão. O movimento Servir o Benfica e o advogado João Diogo Manteigas, anunciado candidato às eleições do próximo ano, por exemplo, defendem segunda volta das eleições, se nenhum dos candidatos tiver mais de 50 por cento dos votos, e a separação de listas para a Direção, Conselho Fiscal e Assembleia Geral.
Das propostas apresentadas para serem apreciadas está, também a alteração dos votos das casas, filiais e delegações. Na proposta de consenso as casas têm direito de três a 50 votos, de acordo com a antiguidade da atividade ininterrupta. Mas são vários os sócios que defendem que não devem ter direito a votos.
Assuntos como os mandatos dos órgãos sociais, impedimentos e incompatibilidades, assembleias gerais, convocação e funcionamento das assembleias gerais e organização dos atos eleitorais têm várias propostas na especialidade. João Diogo Manteigas, por exemplo, defende uma assembleia geral anual para discussão da gestão e resultados desportivos da equipa de futebol.
Sem prazo para concluir o processo
O presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Pereira da Costa, que assumiu funções depois da demissão de Fernando Seara a 21 de setembro, na primeira parte da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), esclareceu que «não há prazo» para discutir os estatutos, ou seja, se o processo não ficar concluído hoje terá de ser convocada nova reunião magna.
«Nada será apressado em virtude da discussão. O que há são horários a cumprir, ou seja, não podemos estar numa jornada de trabalho mais de 10 ou 11 horas a discutir minuciosamente artigo a artigo. Teremos muito pouca tolerância para atrasos», explicou José Pereira da Costa à BTV.
As portas do pavilhão n.º 1 da Luz abrem às 8.15 horas e os trabalhos começam às 9.15 horas. Haverá suspensão para almoço das 13.30 horas às 14.30 horas e o encerramento dos trabalhos está agendado para as 20.30 horas.