Arthur Cabral sobe ao palco no Benfica e leva com ele novos atores

Avançado prepara-se para ser titular, sábado, com o E. Amadora, na Taça de Portugal. Sem Renato Sanches, Benjamín Rollheiser deverá também entrar de início. Brasileiro e argentino marcaram ao Mafra em jogo-treino

Já quase um mês passou desde que Arthur Cabral foi titular pela última vez no Benfica. Deverá voltar a entrar de início, sábado, com o E. Amadora, na Luz, em jogo da IV eliminatória da Taça de Portugal. Será apenas a terceira vez que isso acontecerá esta época. Muito pouco para quem chegou à Luz com a responsabilidade de substituir Gonçalo Ramos e com o peso de €20 milhões, valor que o Benfica pagou à Fiorentina para contratá-lo, sobre as costas.

O avançado brasileiro de 26 anos é figura secundária esta temporada, no Benfica. A contratação de Vangelis Pavlidis ao AZ Alkmaar, no verão, já sugeria que isso poderia acontecer. A possibilidade de sair no verão existiu, especialmente para o Brasil, mas não se concretizou. Partiram Casper Tengsted e Marcos Leonardo, chegou Zeki Amdouni e ficou Arthur Cabral.

O Benfica continua a admitir negociar o avançado, agora em janeiro, para poder recuperar o investimento. No verão, estava disponível para transferi-lo por €15 milhões, mas nenhum clube apresentou oferta que satisfizesse os encarnados. É difícil que apareça uma desse valor na reabertura do mercado, não obstante as sucessivas notícias, no Brasil, do interesse de vários clubes, entre os quais Cruzeiro, Flamengo ou Corinthians.

A eventual partida, por outro lado, obrigaria o Benfica a reforçar-se com outro avançado e não é difícil concluir que as oportunidades de contratar um bom reforço são menores em janeiro. Arhtur Cabral, por outro lado, dá algumas garantias a Bruno Lage e à estrutura do futebol profissional. É certo que, esta época, soma apenas um golo — entrou aos 87' e marcou aos 90+1' na vitória sobre o Boavista por 3-0, no Estádio do Bessa —, mas na Luz continua a acreditar-se que o avançado tem valor. E até já o demonstrou esporadicamente.

Na última temporada, Arthur Cabral foi utilizado por Roger Schmidt 43 vezes (19 na condição de titular) e marcou dois golos. Nesta soma 12 presenças (duas vezes de início) e um golo. A oportunidade surgirá, novamente, com o E. Amadora, sobretudo porque Vangelis Pavlidis deverá descansar na Taça de Portugal, depois de ter sido utilizado duas vezes na seleção — 56' contra Inglaterra e 90' contra Finlândia. Aconteceu o mesmo na última paragem para as seleções, ou seja, o avançado grego deu o lugar a Arthur Cabral com o Pevidém.

Arthur Cabral subirá, pois, ao palco e levará com ele outros atores que espreitam oportunidades. É o caso de Benjamín Rollheiser, que beneficia da lesão de Renato Sanches (Bruno Lage pode esclarecer hoje, em conferência de Imprensa quanto tempo estará ausente) e deverá surgir na direita. Tanto o argentino como Arthur Cabral marcaram, há uma semana, no jogo-treino com o Mafra (2-2). Aursnes e Florentino devem jogar no centro do meio-campo, Amdouni no apoio ao avançado e Beste na esquerda.

Otamendi deve descansar

Nicolás Otamendi só ontem se treinou com o resto da equipa, no Seixal, depois de regressar da seleção da Argentina. O defesa-central de 36 anos foi utilizado por Lionel Scaloni nos jogos com Paraguai, em Assunção, e Peru, em Buenos Aires, e esteve em campo 180 minutos.

Depois da última paragem para as seleções, o capitão dos encarnados não foi convocado para o jogo da III eliminatória da Taça de Portugal com o Pevidém. Tomás Araújo e António Silva formaram a dupla de centrais.

E é isso que deverá contecer, sábado, com o E. Amadora, apesar de Tomás Araújo ter saído com dores na coxa esquerda do jogo com a Croácia, após choque com o guarda-redes José Sá. Kaboré deve também jogar de início, permitindo o descanso de Alexander Bah.