SC Braga-Vizela (2-1) Cada cabeça, sua sentença: a crónica do dérbi minhoto
Banza fez o 2-1 para os bracarenses ao minuto 89 com cabeçada fulgurante, Rúben Fernandes, no último instante do jogo, falhou o 2-2... cabeceando ao lado
Privado de Ricardo Horta e com o desconforto de um empate em Vila do Conde na última jornada que custaria o alargamento da desvantagem para o FC Porto, o SC Braga entrou sob pressão, perante adversário relativamente tranquilo na tabela, que se sente bem a jogar com equipas que ataquem. Que procurem dominar.
Os minhotos não perderam tempo — Bruma tentou a sorte por duas vezes nos primeiros minutos —, os gilistas também não e Touré ameaçou do lado contrário. Banza obrigou Andrew a trabalhar e o próprio guarda-redes motivaria sobressalto junto à sua baliza quando deixou escapar bola fácil em plena pequena área (na sequência a bola é aliviada contra o braço de Gbane, mas estava junto ao corpo). As oportunidades sucediam-se para os dois lados. Félix Correia surge isolado, Matheus defende.
O jogo estava bem dividido, mas o SC Braga tinha sempre alguma superioridade. Magrinha, mas estava lá. E dispôs mesmo de grande ocasião ao minuto 35, quando Banza atirou ao poste esquerdo da baliza de Andrew e Bruma fez recarga que poderia ser fatal se a bola não tem encontrado Rúben Fernandes no caminho, que corte!
Adivinhava-se, nesta altura, o golo e o golo chegou mesmo: aos 39’, Abel Ruiz recebe de Borja em plena área e faz o 1-0, que se justificava então.
O intervalo fez bem ao Gil Vicente. Voltou cheio de saúde para a segunda parte e aos 47’ esteve pertíssimo do empate, mas Alipour perdeu duelo com Matheus. O azar, porém, estava à espreita e custou ao SC Braga o seu melhor central, Paulo Oliveira, ao minuto 57’, saiu lesionado. Se estava mau, pior ficou ao minuto 59’, quando Alipour empatou de penálti, após falta de Serdar sobre Gabriel Pereira.
O jogo entrava num período delicado, começavam as alterações, o Gil estava à espreita, o SC Braga tentava e não conseguia. E teve a felicidade de Alex Pinto, ao minuto 86, ter escolhido o pé errado, o esquerdo, para visar a baliza bracarense. Bola na pedreira. O Gil ameaçava, mas não materializava e do outro lado estava um senhor que acompanha ombro a ombro Gyokeres no duelo de melhor marcador da Liga: Banza. Ao minuto 89, apanhou o sueco, quando apareceu de cabeça no coração da área e fez o 2-1. À grande e à francesa.
O tempo extra entra então em ação, SC Braga olha mais para trás do que para a frente, Rúben Fernandes, no último suspiro do Gil, atira ao lado. De cabeça. A sentença de Banza prevaleceu.