Portimonense: «Sofremos mais um golo ‘bobo’», aponta Paulo Sérgio
Treinador do Portimonense na sala de imprensa do Portimão Estádio, após a derrota da sua equipa frente ao Aves SAD, em jogo referente à 1.ª mão do play-off
Na análise à derrota (1-2) do Portimonense, Paulo Sérgio elogiou a equipa do Aves SAD e voltou a detetar erros na sua equipa nos golos sofridos, principalmente no primeiro. «O Aves SAD é uma equipa boa, mais experiente do que a nossa, com jogadores mais rodados do que os nossos, uma equipa com qualidade e que alterou o seu modelo, o seu sistema. Quando a equipa saiu, nós antecipámos como se iam apresentar, porque o Jorge [Costa] tinha feito isso na parte final do jogo com o Mafra. Penso que hoje, a ausência do Relvas para poder fazer isso com mais eficácia notou-se bastante, para nos adaptarmos sem bola a essa forma de tentar jogar do Aves SAD. Não conseguimos pressionar no primeiro tempo como gostaríamos, eles mudavam bem a zona de pressão e o lado do jogo, fez-nos correr imenso, mas é um jogo que abre com uma oportunidade para nós e outra para o Aves SAD. Nós temos uma boa situação e o Aves SAD tem o Mercado ‘na cara’ do Nakamura. E depois é de uma bola parada que sofremos mais um golo bobo, tal como o outro na entrada do segundo tempo. Uma pressão mal feita num lançamento lateral, um remate sem ângulo, uma coisa estranha», afirmou o treinador na sala de imprensa do Portimão Estádio.
«Depois é contabilizarem aquilo que são os números do jogo. A posse, os remates, as inúmeras ocasiões para mudar o resultado mais cedo. O jogo é todo nosso, de risco, que dá até a sensação de que o adversário pode matar o jogo em contra-ataque. De risco, no homem para homem, para tentar inverter o rumo das coisas, motivado por essas duas desconcentrações. Porque o Aves SAD não tem uma única bola na nossa baliza ao longo do encontro, tirando essa a abrir a partida, quando nós também tínhamos tido. Não tivemos a ponta de sorte também para, nos inúmeros remates que tivemos, nas inúmeras bolas paradas, o Luan no fim, duas bolas de cabeça do Alemão, os remates do Carlinhos e do Fukui encontraram sempre um homem pela frente. Não tivemos essa felicidade e temos um resultado adverso no intervalo desta competição. Muito importante o golo marcado que nos deixa vivos para ir discutir o nosso objetivo na Vila das Aves», continuou, na análise ao jogo.
O treinador rejeitou ansiedade para o segundo jogo, que se realiza a 2 de junho na Vila das Aves: «Não. Os atletas estão plenamente conscientes da qualidade da equipa do Aves SAD, foi a equipa que mais tempo esteve em lugares de subida durante a temporada e acabou por vir disputar o play-off. Passou mais tempo nos lugares de subida do que o Nacional, mas não conseguiu. O Aves SAD é uma equipa madura, uma equipa experiente, hoje reforçada com um terceiro central, três torres que nos dificultaram as nossas penetrações. Não é a questão de estatuto, de estarmos na Liga. Temos todo o respeito pelo adversário, conhecemos o adversário, super bem orientado com jogadores de qualidade. Sabemos que vamos ter lá uma tarefa difícil, mas também demonstrámos aqui que somos capazes de nos superar, de nos agigantar no jogo e de ir à procura do resultado. E é isso que vamos ter de fazer lá.»