O que disse Schjelderup com 13 anos à mãe. E aconteceu
Avançado do Benfica volta atrás no tempo para recordar episódio que revela bem a forma como sempre perseguiu o sonho de triunfar ao mais alto nível
Andreas Schjelderup meteu na cabeça, desde os 13 anos, que seria jogador ao mais alto nível e que deixaria para trás os pais e a pequena cidade de Bodo para perseguir o sonho. Hoje, com 20 anos, na época de afirmação no Benfica, e já com sete jogos na UEFA Champions League, o avançado norueguês sente que os sacrifícios estão a valer a pena. Foi isso que partilhou numa reportagem à TV 2 da Noruega.
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À mesma televisão, mas em 2019, ainda com 15 anos, e já com muitos clubes importantes interessados nele, partilhou o desejo de estar na Liga dos Campeões, Premier League ou La Liga. «Quero fazer parte dessas competições», disse. Schjelderup já se dedicava mais que a larga maioria dos jovens que sonham ser futebolista. Ficava a treinar livres, penáltis e remates depois de os companheiros e amigos regressarem a casa, obrigou o pai a instalar um relvado sintético numa pequena garagem. «Quero mais que os outros. Quero ser o melhor», partilhou, então com 15 anos.
Antes ainda, com 13 anos, já tinha avisado a mãe que deixaria Bodo quando completasse 16. E avisou-a: «Estão proibidos de vir comigo.»
Sete anos mais tarde Schjelderup recordou essas palavras. «Sim, lembro-me. Teria 12/13 anos. Pensei que se queria ser mesmo bom teria de sair de Bodo. Felizmente, foi o que aconteceu, porque tem corrido bem», contou à TV 2.
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Schjelderup, o mais novo dos convocados do selecionador da Noruega, Stale Solbakken, para os compromissos da seleção principal, explica o que o levou a tomar a decisão ainda tão novo: «Não queria que fizessem sacrifícios por mim ou que deixassem a vida deles em Bodo. Queria que o meu pai e a minha mãe continuassem a viver a vida deles. Ajudaram-me imenso e também é por eles que estou aqui. Para mim foi muito claro desde o início: teria de fazer o meu caminho e vencer o desafio. Não quis arrastá-los comigo»
A mãe de Schjelderup, Anita, também à TV 2, revelou que se lembra bem das palavras do filho: «Faltavam três anos e tive tempo de amadurecer a ideia. Mas não havia maneira de fazer com que mudasse de ideias.»
O adeus a Bodo aconteceu no verão de 2020. Segundo a TV 2, Schjelderup, então com 16 anos, já se tinha treinado à experiência no Barcelona, Tottenham, Bayern ou Juventus. E tinha, naquela altura, convites de PSV, Nordsjaelland, Villarreal, FC Copenhaga, para lá do Bodo/Glimt. Optou pelo Nordsjaelland, que trocou o pelo Benfica em janeiro de 2023.
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O Benfica fez um elevado investimento — €14 milhões, incluindo serviços de intermediação e mecanismo de solidariedade —, já recuperou parte dele (€2,5 milhões), quando o emprestou ao Nordsjaelland, na época passada. Schjelderup assinou até 2028 e tem cláusula de rescisão de €100 milhões.
Schjelderup, no final da reportagem, reflete sobre o passado. «Talvez me tenha tornado mais maduro, provavelmente fez-me crescer mais depressa. Se tivesse vivido em Bodo até aos 20 anos, não seria o mesmo rapaz. Talvez seja mais maduro», rematou.
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