Tal como tinha prometido, presidente do Benfica falou após o duelo da UEFA Champions League
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Benfica volta a apostar forte no inverno: o valor do investimento na era Rui Costa

MERCADO05.02.202509:00

Encarnados contrataram quatro jogadores, com custo próximo dos 20 milhões de euros; aposta forte para atacar a Liga e regresso ao mercado nacional, que não se via desde Musa, em 2022

A abordagem do Benfica ao mercado sofreu viragem nesta janela de inverno, com o recurso ao produto interno, algo que não era visto desde 2022, quando as águias contrataram o ponta de lança croata Petar Musa ao Boavista, por €6,5 milhões.

Rui Costa, presidente dos encarnados, apostou, já no seu mandato, em Gonçalo Guedes e Renato Sanches, mas operações que representaram o regresso de portugueses que atuavam no estrangeiro. Desde o verão de 2022, então com Roger Schmidt no comando técnico do clube, que não havia, pois, uma contratação em território nacional, com a particularidade de terem chegado jogadores com identidade portuguesa, no caso de Bruma inclusivamente com presenças na Seleção Nacional.

Este mercado, que significou ainda o empréstimo de um ponta de lança italiano, Belotti, e um lateral-esquerdo sueco, Samuel Dahl, deixou bem patente, também, a aposta do Benfica na Liga. Fortíssimo investimento, a rondar os €20 milhões — Manu Silva chegou à Luz por €12 M, Bruma custou €6,5 M, empréstimo de Dahl significa despesa de €300 mil, quanto a Belotti sabe-se apenas que os salários irão custar €1,5 M —, a pensar claramente no título de campeão e no acesso direto à Liga dos Campeões.

O Sporting segue no comando, com 6 pontos de avanço, FC Porto e SC Braga, a 2 e a 4 pontos, respetivamente, estão atrás, mas próximos, pelo que Rui Costa oferece a Bruno Lage condições requeridas para ir à luta e recolocar o Benfica em situação vantajosa.

Também não serão, naturalmente, de desprezar, na ótica dos encarnados, Taça de Portugal, Liga dos Campeões e Mundial de Clubes, mas a prioridade, como foi sempre defendido por cada treinador e cada presidente do Benfica ao longo dos anos, será o campeonato, por ser precisamente a porta de entrada para os milhões de euros.

E o Benfica, apesar do investimento ambicioso e da venda de Jan-Niklas Beste por €8 milhões — tanto quanto acordou com o Heidenheim, há seis meses, para trazer o alemão para Portugal —, não estará propriamente desafogado financeiramente. Tem sido, no entanto, imagem de marca na era Rui Costa: investimento avultado no inverno.

Nélson Veríssimo, em janeiro de 2022, com o presidente ainda fresco em funções, após queda de Luís Filipe Vieira, não viu qualquer reforço, mas em 2023, já com Roger Schmidt, a conversa foi outra, com Schjelderup (€14 M), Tengstedt (€10 M) e Gonçalo Guedes (empréstimo) a rumarem à Luz. Em 2023/24, Rui Costa também não defraudou o alemão: Marcos Leonardo (€18 M), Rollheiser (€8,7 M), Prestianni (€9,5 M) e Carreras (cedido pelo Manchester United, com o compromisso de ser adquirido no verão). Investimento total, em três invernos, na ordem dos €85 milhões.