Vitória de Guimarães «Nem queria acreditar que ia para a Seleção A»
E de repente o mundo abriu-lhe várias portas por ele tanto desejadas e para as quais há algum tempo procurava as chaves certas. Uma delas, a presença na Seleção A, absolutamente inesperada e só possível face à lesão de Diogo Costa; a outra, a titularidade na equipa vitoriana nos dois mais recentes desafios da Liga, também devida à ausência forçada de Bruno Varela, que por sinal até era a maior referência de Celton Biai desde o início da sua carreira com a camisola encarnada.
«Ele era o meu ídolo quando ainda estava na formação do Benfica e ele se encontrava já ao nível da equipa principal. Na altura havia poucos guarda-redes negros e eu cheguei a ser muitas vezes o seu apanha-bolas...», partilhou o guardião luso-guineense de 22 anos em declarações prestadas aos canais do Vitória.
Com a recente passagem pela principal Seleção Nacional para os dois primeiros jogos da qualificação para o Europeu de 2024, Celton cumpriu finalmente o sonho de criança.
«Nunca imaginei tal coisa, nem queria acreditar quando o Rui Jorge me disse que tinha de viajar rapidamente da Póvoa de Varzim, onde a Seleção sub-21 estava, para Lisboa», lembrou, feliz da vida.
Ainda por cima, tal evento ocorreu depois de um período de paragem, por lesão. Um afastamento que não o afetou, como garantiu, «nem roubou confiança».
«Quero voltar e fixar-me», assume de seguida para logo garantir: «Sempre me senti preparado e lido bem com essa responsabilidade!»
Quando instado a abordar a sua estreia como titular na equipa minhota, o pássaro negro, como é conhecido - deve manter-se no onze, amanhã, frente ao Boavista -, não teve pejo em admitir uma mescla de sentimentos: «Trabalhei para que isso se tornasse realidade, mas admito que não esperava que fosse já neste momento.»