Nélson Oliveira: «A mim e aos outros miúdos, Jorge Jesus nem nos chamava pelo nome»

NACIONAL27.08.202422:20

Avançado do Vitória comentou, entre outros tópicos, a experiência de treinar com Jorge Jesus quando saiu da formação do Benfica e o que o levou a escolher o Vitória para prosseguir a carreira

Nélson Oliveira, avançado do Vitória de Guimarães, deu uma entrevista ao podcast do clube, DEZANOVE22 e, entre vários tópicos, começou por abordar como foi trabalhar com Jorge Jesus no Benfica.

Nélson Oliveira celebra golo marcado contra o Zenit na 2.ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões 2011/2012. Foto: Rui Raimundo

«Fui treinado pelo Jorge Jesus quando estive no Benfica. Algumas histórias não posso contar. Às vezes nem é bem sobre as histórias, são as expressões dele», começou por dizer, antes de admitir que «as histórias tinham mais graça quando eram com os outros». E explica: «Quando é connosco não tem a mesma graça. A mim e aos outros miúdos nem nos chamava pelo nome. Às vezes chamava-me Nélson de Oliveira. É muito engraçado, mas quando as histórias são contigo dá alguma azia.»

No entanto, o atleta natural de Barcelos fez questão de frisar que o atual treinador do Al Hilal «é claramente um treinador diferenciado no sentido tático e dos aspetos do jogo».

A escolha pelo Vitória

O número 7 dos conquistadores trocou o Konyaspor pelo Vitória de Guimarães em janeiro da época passada e garante que não se arrepende da decisão tomada.

Nélson Oliveira na 1.ª mão da 2.ª pré-eliminatória contra o Floriana para a Liga Conferência. Foto: IMAGO/Domenic Aquilina

«Apesar de ter passado pela formação do SC Braga, sempre disse, entre amigos, que gostava de jogar no Vitória e ter esse privilégio quando regressasse a Portugal. Não estava feliz na Turquia. Foi uma má experiência», admitiu o avançado de 33 anos. O ponta de lança formado do Benfica revela como chegou aos conquistadores: «Mandei uma mensagem ao meu empresário a dizer que se o Vitória estivesse interessado em mim e quisesse um avançado, não me importava de perder dinheiro porque eu gostava de jogar no Vitória. Ele falou com quem tinha de falar e o interesse foi mútuo.»

O internacional português reconhece que não chegou na sua «melhor versão», mas considera que ainda conseguiu ajudar a equipa na temporada passada: «Se calhar estava mesmo para restauro quando vim como escreveram. Não pela idade. Era mesmo pela forma como eu estava. Não cheguei aqui na minha melhor versão. Sabia que, mesmo não vindo na melhor versão, poderia ajudar. Mesmo no último ano, apesar de não estar tão bem fisicamente como este ano, houve jogos em que consegui dar o meu contributo.»

Sublinhou ainda que este foi «o melhor grupo» que já encontrou na carreira: «Já passei por várias experiências. Há um misto entre juventude e experiência como o Varela e Tiago que já estão há mais tempo no clube. Há uma simbiose porreira.»