Astana-Vitória de Guimarães, 1-1 Destaques do Vitória de Guimarães: teve dedo de 'Jesús'... mas não caiu do céu
Ramírez deu corpo ao (intenso) domínio minhoto e teve cabeça para empatar a contenda. Manu Silva também a quis ter, mas foi o mais azarado da tarde. Tiago Silva e Nuno Santos, a sociedade criativa. Telmo Arcanjo assistiu e quase... virou
MELHOR EM CAMPO: JESÚS RAMÍREZ (7)
O melhor em campo nem sempre é… o melhor em campo. Mas pode ser a figura. Por ser decisivo. Jesús Ramírez foi lançado por Rui Borges no decorrer da segunda parte, tempo mais do que suficiente para deixar uma marca profunda no desafio. Ameaçou, primeiro, de cabeça, após cruzamento de Nuno Santos (72’), confirmando, depois, que levava mesmo para o relvado as coordenadas da baliza contrária: aos 89 minutos, e após passe açucarado de Telmo Arcanjo, disparou um míssil de cabeça e selou o empate, camuflando, no mínimo, a injustiça.
BRUNO VARELA (5) - Tarde (em Portugal, noite no Cazaquistão) de pouco trabalho para o capitão. Nada pôde fazer quando Kalaica rematou colocado para o primeiro golo da partida.
ALBERTO (6) – Foi crescendo com o jogo e na segunda parte foi (muito) mais extremo do que propriamente lateral. Carrilou jogo ofensivo pelo flanco e até apareceu-se no interior da grande área contrária para ser mais um elemento a desequilibrar a defensiva cazaque.
JORGE FERNANDES (5) – Regressou à competição mais de três meses e demonstrou estar pronto para voltar a lutar pela titularidade… que foi sua até à lesão.
BOREVKOVIC (5) – Também não teve problemas de maior para resolver e acabou por ter como principal missão controlar a profundidade nos momentos em que o Astana tentar esticar o jogo na profundidade.
MIGUEL MAGA (5) – Mais contido do que Alberto, no corredor contrário, acabou por ser inteligente na forma como disputou o lance que levou Geoffrey Charles a cometer falta, razão pela qual o golo (que seria, na altura, o 2-0) foi anulado.
TIAGO SILVA (6) – Sempre a coordenar os movimentos ofensivos da equipa, destacou-se também (e como habitualmente) nas bolas paradas. Ofereceu o golo a Manu Silva (27, 35 e 42’), em três pontapés de canto batidos com conta, peso e medida.
MANU SILVA (7) – Ainda deve estar a tentar perceber como é que regressou do Cazaquistão sem ter inscrito o seu nome na lista de marcadores da partida. Rematou à figura (27’), cabeceou à barra (35), cabeceou a rasar a barra (42) e rematou a rasar o poste (88).
JOÃO MENDES (6) – Menos exuberante do que noutras partidas, envolveu-se, ainda assim, nas dinâmicas atacantes e demonstrou a já conhecida qualidade de passe.
KAIO CÉSAR (6) – Ligou o turbo na segunda parte e também tentou inverter o rumo dos acontecimentos: remate superiormente defendido por Josip Condric (57’).
NÉLSON OLIVEIRA (5) – Não dispôs de muitas situações claras de finalização, mas foi importante nos apoios frontais.
NUNO SANTOS (6) – Rematou a rasar o poste logo aos 6 minutos, num claro sinal de que queria marcar. Voltou a tentar aos 42 e 45+1, mas Josip Condric negou. A situação mais flagrante levou-o a picar a bola sobre o guarda-redes adversário, mas as medidas foram ligeiramente superiores às desejadas (55’). Voltou a testar a meia distância (59) e fez um belo cruzamento para o cabeceamento perigoso de Jesús Ramírez (70).
JOÃO M. MENDES (6) – Refrescou o corredor esquerdo e lançou uma bomba que só não teve os efeitos desejados porque a bola esbarrou na junção da barra com o poste (73’).
JOSÉ BICA (5) – Entrou com vontade de agitar as águas no último terço.
TOMÁS HANDEL (5) – Deu equilíbrios à equipa.
TELMO ARCANJO (6) – Revelou-se uma aposta… decisiva. Não marcou, mas assistiu. Jesús Ramírez pediu, Telmo Arcanjo deu: cruzamento teleguiado do cabo-verdiano para o golo do venezuelano. E já no último suspiro, o esquerdino atirou a rasar a barra…