Mexer ao meio a olhar para a frente  

Sporting Mexer ao meio a olhar para a frente  

NACIONAL24.08.202315:11

A disponibilidade de Daniel Bragança após ter recuperado dum traumatismo na grelha costal abre uma frente de dúvida no onze do Sporting para o jogo de domingo com o Famalicão relativamente aos dois homens que jogarão no centro do meio-campo, que na época passada foi maioritariamente ocupado por Morita e Manuel Ugarte, dupla desfeita pela partida do uruguaio para o PSG a troco de €60 milhões.


Além do número 23, Morita, Pedro Gonçalves e Hjulmand também são opções e a A BOLA foi à procura de respostas junto de treinadores de quem colocariam em campo de início. As respostas não são consensuais bem como os argumentos justificativos, com todos eles a terem a mira, também, nos futebolistas que estarão na frente de ataque, tendo em conta que a junção de Paulinho a Gyokeres no encontro com o Casa Pia deu resultados muito positivos, com o minhoto a bisar e a ser determinante para a vitória leonina em Rio Maior, por 2-1.


No primeiro encontro do campeonato, frente ao Vizela, de início, Morita e Daniel Bragança formaram o duo na zona nevrálgica do terreno, com Vítor Manuel a estar convencido de que esta seria a melhor fórmula de abordar o encontro com os famalicenses.

«Esta solução permitiria que Pedro Gonçalves passasse para a frente de ataque, onde se sente perfeitamente à-vontade e rubrica, por vezes, lances de pura genialidade. Paulinho e Gyokeres, tendo em conta o rendimento no último jogo, não deverão sair do ataque e esta passagem de Pedro Gonçalves para a linha avançada permitiria que Pote jogasse atrás destes dois elementos, num desdobramento tático em 3x4x1x2, aproveitando a dinâmica e a capacidade de passe do agora número 8, numa função de servir os dois pontas de lança», diz o antigo treinador de Académica, SC Braga ou Belenenses, entre muitos outros.

Porém, o técnico tem uma convicção: «Apesar da minha ideia já explanada, julgo que Rúben Amorim jogará com Morita e Pedro Gonçalves no meio-campo, mantendo Marcus Edwards, que na segunda parte do jogo com o Casa Pia demonstrou estar bem, na frente de ataque, naquela sua função de abre-latas. E jogará o inglês porque Francisco Trincão, na minha opinião, está numa fase híbrida.»


Hjulmand sobe ao palco
Opinião diferente do amigo tem o treinador campeão nacional pelo Sporting em 1999/2000, Augusto Inácio, que jogaria mão de Morten Hjulmand para ficar ao lado do japonês Hidemasa Morita. «Na frente de ataque colocaria Pote, Gyokeres e Paulinho e por isso chamava a jogo o dinamarquês e Morita», justifica.
A opinião sobre a última contratação do Sporting, que pagou €18 M ao Lecce pelo seu passe, ainda não está completamente construída, mas as indicações são boas. «Quando entrou diante do Casa Pia, tendo em conta as características do encontro, não foi obrigado a grandes correrias para roubar a bola ou ocupar uma vasta zona do terreno. Mas, pelo que se viu, é um jogador que dá fluência ao jogo porque passa simples e é forte nos duelos físicos», adianta quem está convencido de que, mais tarde ou mais cedo, esta será a dupla titular do Sporting esta temporada. «Esta solução de colocar Hjulmand, um jogador mais posicional, também permite que Morita se liberte mais e chegue mais perto de zonas de finalização, como tanto gosta», analisa.
Litos aposta em Pote

Litos jogaria de forma idêntica à dos leões na segunda parte do encontro com o Vizela e de início diante do Casa Pia, com Morita e Pedro Gonçalves no centro de operações da equipa. «Edwards, que está bem, não sairia do ataque», diz, com a solução que apresenta a ter valências, também, nas substituições. «Isto permite que, por exemplo, com uma mudança o Pote passe para a frente de ataque e se possa optar pelo Hjulmand caso o jogo esteja numa nuance mais combativa ou pelo Daniel Bragança, se este requerer mais posse e circulação de bola», analisa o treinador de 56 anos. Os dados estão lançados, as opiniões dadas, cabe a Rúben Amorim escolher.