Como Jesus 'desviou' João Cancelo de Barcelona para o Al Hilal

INTERNACIONAL27.08.202415:47

Internacional português chocou a Catalunha ao escolher a Arábia Saudita para seguir carreira e não foi o dinheiro a mandar; Jesus, sabe A BOLA, foi decisivo no processo, sobretudo quando telefonou ao jogador, há uma semana

João Cancelo passou nos exames médicos e vai ser formalmente anunciado como reforço do Al Hilal esta terça-feira, em Paris, onde cumpriu bateria de exames médicos e outras formalidades.

O internacional português, que faz várias posições entre a defesa e o meio campo, sejam elas laterais ou centrais, passou nos exames e vai finalmente ao encontro de Jorge Jesus.

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Não foi, todavia, um processo pacífico, pois o passe pertencia ao Manchester City de Guardiola, mas Cancelo era muito desejado em Barcelona, onde esteve por empréstimo. A Catalunha ficou de certa forma chocada com o facto de o jogador preferir, aos 30 anos, no auge da carreira, a Arábia Saudita, em vez do colosso da Cidade Condal.

Decisiva, a fazer realmente a diferença, conforme foi relatado a A BOLA, foi a intervenção de Jorge Jesus. O treinador que conheceu o jovem Cancelo no Seixal (fez dois jogos no Benfica de JJ antes de partir para Valência) interferiu de todas as formas no processo, não apenas seduzindo o jogador, como também transformando o seu desejo em influência interna, juntos dos donos do dinheiro sauditas.

A hipótese de João Cancelo ir para o Al Hilal não é de agora, esteve em cima da mesa há um ano, mas foi um telefonema de Jesus há uma semana que fez toda a diferença. Ligou diretamente ao jogador e esse foi o ponto de viragem na carreira de João Cancelo. A conversa deixou o jogador a olhar de outra maneira para a hipótese de jogar na Arábia Saudita e o treinador não mais deixou Cancelo até garantir que seria mesmo seu jogador.

João Cancelo, refira-se, vai assinar por três temporadas com o Al Hilal e o Manchester City encaixará 25 milhões de euros com o negócio. O jogador português poderá ganhar aproximadamente €15 milhões de euros anuais em salários, mas o acordo prevê ainda o pagamento de prémios.