Paris Saint-Germain Líder da claque demarca-se de insultos à porta de Neymar mas avisa: «Sair seria bom para ele»
A claque do Paris Saint-Germain demarcou-se dos protestos que houve quarta-feira à noite na casa de Neymar com insultos ao jogador brasileiro e pedidos para ir embora. Horas antes já tinha havido um protesto organizado à porta da sede do clube, com insultos a Lionel Messi à mistura.
Porém Romain Mabille, líder da claque Collectif Ultras Paris (CUF), condena mesmo o que se passou em casa de Neymar – embora não seja contra a sua saída - e diz, em entrevista ao jornal Le Parisien que o grupo não está ligado a essa iniciativa, que até «descredibiliza» a ação ocorrida horas antes.
«Não apoio o que aconteceu, não foi uma ação do CUP, o grupo não a reivindica, e lamento que se tenha passado. Pedimos a todos que não entrem em atos de violência, queremos fazer passar mensagens válidas. A título pessoal lamento que se tenha passado e tenho pena que as pessoas só se lembrem disso», referiu, sendo que a claque emitiu um comunicado com vários pontos que quer ver melhorados ou esclarecidos, como a questão do estádio, a cor das camisolas ou a manutenção de antigas glórias na gestão do clube.
Para Mabile, os insultos à porta de Neymar resultam de um enfado e cansaço geral, um desejo de mudança daqueles que veem no brasileiro um símbolo de disfunção dentro do clube.
«A nossa mensagem vai muito além disso. O Messi vai sair e só se quer deixar claro ao Neymar que seria bom que ele também saísse do clube. Não queremos magoar o Neymar, só queremos que ele passe o resto da carreira longe de Paris. Queremos passar para outra era. Ele faz parte de uma cultura em que os jogadores fazem o que querem. Queremos seguir em frente e escrever uma nova página com jogadores tenham vontade de cá estar»