ANTEVISÃO Itália-Albânia: campeões em título defrontam albaneses no 'grupo da morte'
Italianos começam o seu caminho como defensores do troféu, enquanto os albaneses jogam numa fase final… pela segunda vez
A Itália e a Albânia defrontam-se na primeira jornada da fase de grupos do Euro 2024, este sábado, no estádio do Dortmund (Signal Iduna Park), a partir das 20 horas, pouco depois do fim do outro jogo do grupo B… entre a Espanha e a Croácia.
As duas seleções estão em situações completamente opostas. Enquanto os albaneses estão pela segunda vez na fase final de um torneio, os italianos querem defender a conquista do último Europeu.
Estes dois países só jogaram um contra o outro por quatro vezes e o resultado foi sempre o mesmo: a vitória italiana. O primeiro confronto foi em 2014 (1-0) e o mais recente em 2022 (1-3), ambos amigáveis, mas no meio houve dois encontros oficiais para a fase de qualificação do Mundial 2018 (2-0 e 0-1).
Nenhuma das seleções conseguiu o apuramento, curiosamente, num grupo em que a Espanha terminou no topo, com a Itália em segundo e a Albânia em terceiro.
Itália
Começando precisamente por aí, apesar da conquista do Euro 2020, em que venceram todos os jogos, a seleção italiana não tem convencido nas fases finais dos últimos grandes torneios internacionais.
Relativamente aos mundiais, não disputa um desde 2014, altura em que foi eliminado (tal como a Inglaterra) na fase de grupos pela Costa Rica e o Uruguai. Em 2010 também não chegou à fase eliminar, terminando no último lugar de um grupo com Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia, isto após ter vencido a edição de 2006, frente à França, nas grandes penalidades.
Já em Europeus, ficou pelos quartos de final em 2016 e 2008, tendo chegado à final em 2012, acabando por ser goleado pelos espanhóis.
Durante a fase de qualificação para a fase final desta edição do Campeonato da Europa, os italianos ficaram em segundo lugar do Grupo C, atrás dos ingleses, com 14 pontos, os mesmos da Ucrânia, que tiveram de se apurar pelo play-off.
Nestes últimos jogos de preparação, a Itália venceu a Venezuela (2-1), o Ecuador (2-0) e a Bósnia Herzegovina (1-0), tendo empatado a zero com a Turquia, adversário de Portugal na fase de grupos.
Onze provável: Donnarumma, Di Lorenzo, Darmian, Mancini, Bastoni, Dimarco, Jorginho, Cristante, Pellegrini, Chiesa e Scamacca
Lesionados ou em dúvida: Nicolò Barella e Nicolò Fagioli
A figura: Federico Chiesa
Extremo não tem tido uma época propriamente feliz pela Juventus, mas mesmo assim conta com 10 golos e 3 assistências em 37 partidas, a nível pessoal, e ainda com uma Taça de Itália e um regresso à Liga dos Campeões, a nível coletivo. Chiesa foi uma das figuras principais italianas no último Europeu, que terminou com a conquista do troféu, tendo marcado golos muito importantes nessa grande caminhada.
O que disse Luciano Spalletti: «Haverá muitos adeptos albaneses, mas temos 60 milhões em campo, porque vamos pedir aos adeptos italianos que joguem connosco, que estejam em campo connosco. Os futebolistas têm de saber que neste momento somos gigantes, heróis. Temos pouco tempo disponível para treinar a seleção, mas com um grupo com essa disponibilidade e consciência tudo fica mais fácil e o que se faz nos treinos é como num clube.»
Albânia
Como foi dito, os albaneses voltam a jogar numa fase final de um grande torneio, neste caso, de um Europeu, desde 2016, e tiveram logo o azar (ou a sorte) de calhar no grupo da morte, com três seleções candidatas a levantar o troféu.
A Albânia apurou-se de forma direta para esta fase de grupos e logo em primeiro lugar do seu grupo (E), que contava com Ilhas Faroé, Moldávia, Polónia e Chéquia, precisamente o primeiro adversário da seleção das quinas na competição.
Nos jogos de preparação, a seleção orientada por Sylvinho perdeu com o Chile (0-3) e a Suécia (1-0), em março, tendo ganho frente a Liechtenstein (3-0) e ao Azerbaijão (3-1), neste mês.
Onze provável: Strakosha, Hysaj, Ajeti, Djimsiti, Mitaj, Asllani, Ramadani, Bajrami, Seferi, Asani e Broja
Sem lesionados.
A figura: Armando Broja
Jogador do Chelsea que está emprestado ao Fulham, de Marco Silva, é a principal referência ofensiva da equipa, apesar de não ter participado na fase de qualificação, devido a uma rotura dos ligamentos cruzados. Mesmo assim, foi convocado com naturalidade para esta fase final e marcou logo no primeiro jogo de preparação. Até hoje na seleção conta com 19 internacionalizações e quatro tentos.
O que disse Sylvinho: «Este jogo é decisivo para eles, não para nós. Estamos muito entusiasmados e orgulhosos por estar cá. Estamos num grupo muito complicado e num torneio difícil, mas estamos aqui para competir. Vamos lutar por cada ponto.»