Instrumento sueco que faz parecer a sinfonia perfeita: os destaques do Sporting
Gyokeres deu esperança e encheu o peito para a reviravolta que foi confirmada pelo gigante Diomande. Muitos estreantes, intensidade, coração e o fim de um enguiço em terras austríacas
Figura
Gyokeres (8)
Imponente. Um jogo à sua medida. De choque, muitos confrontos, como o sueco gosta. Conquistou inúmeras faltas, correu que se fartou, sempre ligado ao jogo. É um verdadeiro jogador de tração à frente e que leva tudo à… frente. O golo foi bom exemplo dessa força, a forma como reagiu ao remate de Pedro Gonçalves para empurrar a bola para a baliza de Scherpen. Num leão que não tocou uma sinfonia perfeita foi ele que orquestrou uma vitória histórica em terreno austríaco.
Adán (5)
Frio. Pouco em jogo, apesar das muitas ameaças austríacas, poucas vezes teve de se aplicar. Uma defesa segura a remate de cabeça de Kiteishvili (5’) e algumas boas saídas. No lance do golo, ainda assim, ficou a ideia que poderia ter reagido melhor ao remate de Boving.
Diomande (8)
Diamante. O costa-marfinense foi um dos mais assertivos, a ocupar bem os espaços, muito veloz nas ações e a sair a jogar com classe. O relvado não ajudou ao brilhantismo, mas o defesa foi dos que melhor soube lidar com todas as contrariedades, fechando a noite com um golo fantástico num remate de pé direito. Marcou posição. Mais uma vez.
Coates (6)
Sábio. No seu posicionamento, na inteligência e imponência nos duelos aéreos, a dar o primeiro sinal de perigo, de cabeça, logo aos 3’. Acabou por ser lesto na reação ao golo, após a bola ao ferro de Kiteishvili que iria originar o golo de Boving, mas não mancha uma exibição bem conseguida.
Gonçalo Inácio (7)
Elegante. A forma como consegue, muitas vezes em esforço, anular lances de perigo, é fantástica. Bom timing, atento às movimentações, está num bom momento. E quase deixou marca num belo golpe que Scherpen (66’) evita.
Geny Catamo (6)
Estreante. Nas competições europeias e num jogo de elevado grau de exigência. Cumpriu, com arrojo na missão ofensiva, mas a denotar alguma falta de experiência na decisão. Na retina ficou o excelente lance individual num remate com perigo (46’).
Daniel Bragança (6)
Dedicado. Sempre disponível, ainda que tenha perdido alguns duelos, nos exigentes confrontos no miolo. Não terá tido tanto a bola como Rúben Amorim desejaria, mas acabou por rubricar uma exibição regular, com bons apontamentos, como o livre que apontou aos 28’.
Hjulmand (7)
Maestro. Foi ele que foi dirigindo e manobrando a orquestra leonina. Com muito critério, influente nas manobras defensivas e a procurar quebrar linhas com passes bem medidos para o trio da frente. Foi o que manteve uma exibição mais regular de início ao fim.
Matheus Reis (5)
Apagado. Muito macio, longe do fulgor de outrora, demasiado permissivo e sem acerto nas saídas. Saiu assim que o Sturm Graz se colocou em vantagem rubricando exibição cinzenta. E se era para aproveitar uma oportunidade…
Paulinho (7)
Corajoso. Sempre em jogo, a procurar bola, nunca se escondeu. Uma exibição à Paulinho à qual só faltou mesmo o golo. Que bem procurou… não fosse a noite inspirada de Scherpen e o português teria assinado a exibição com dois golos (59’ e 67’).
Trincão (5)
Delicado. E delicadeza foi o que o jogo não teve. Correu, lutou, tentou procurar espaços, mas poucos os duelos ganhou no corpo a corpo. Bem tentou fugir mas pareceu fugir sempre para onde não devia… Um remate fora da área (16’) ao lado. E um excelente golpe de cabeça (61’) para enorme (mais uma…) defesa de Scherpen.
SUPLENTES
Nuno Santos (6)
Incisivo. Entrou para mexer com o jogo e a missão foi cumprida. Na perfeição. Com velocidade, boas decisões e um coração enorme para inverter um resultado desfavorável. E acabou por fazer parte dessa quebra de enguiço em terras austríacas.
Pedro Gonçalves (7)
Decisivo. Entrou e poucos segundos depois esteve na origem do golo de Gyokeres. Primeiro com um toque em habilidade a tirar o adversário do caminho, um potente remate que Scherpen não evitou e que Gyokeres aproveitou. E a finalizar esteve também na marcação do livre que originou o golo de Diomande.
Fresneda (-)
Curto. Pouco mais de dez minutos em campo, escasso para poder mostrar mais. Mas acabou por estar presente na reviravolta do leão.
Edwards (-)
Ambicioso. Entrou com vontade de impor o ritmo e carregar a equipa nas manobras ofensivas nos últimos minutos. Faltou-lhe mais tempo para poder brilhar.
Morita (-)
Regular. Poucos minutos, os suficientes para dar maior fôlego ao leão nos últimos minutos.