FC Porto: máquina ofensiva a carburar às mil maravilhas

Azuis e brancos marcaram quase o dobro dos golos em relação ao mesmo período na época transata. Maior taxa de eficácia e bom momento de forma dos homens da frente explicam os números.

Mais três golos, no triunfo sem espinhas diante do Sintrense (3-0), fizeram o FC Porto chegar aos 30 esta época, ao fim de 12 jogos, um registo bastante superior ao verificado no mesmo período na temporada transata, com Sérgio Conceição.

Nos primeiros 12 encontros da última época, os dragões faturaram apenas 16 vezes, e o melhor marcador da equipa era Evanilson com… 4 tentos.

Agora, sob a égide de Vítor Bruno, o plantel azul e branco tem melhorado no capítulo da finalização, facto espelhado pelos números dos homens da frente neste arranque de temporada.

Samu, goleador de serviço, já contabiliza sete golos, menos dois que o maior artilheiro até ao momento, Galeno (9). Iván Jaime surge no terceiro lugar da lista, com quatro, ao passo que Pepê e Nico González já fizeram abanar as redes em três ocasiões, cada um.

Esta época, os portistas só não fizeram dois ou mais golos num jogo frente ao Sporting, em Alvalade, duelo que perderam por 0-2. Foi a única partida em branco dos comandados de Vítor Bruno. Além disso, a formação azul e branca faturou três ou mais golos em exatamente metade dos jogos (6).

A subida de rendimento da equipa explica-se por vários fatores, a começar pela maior taxa de eficácia em frente à baliza. Na última temporada, arranques desinspirados de Mehdi Taremi e Evanilson, muito fustigado por lesões, levaram a uma maior distribuição dos golos. Marcano era, aliás, um dos melhores marcadores dos portistas, com dois golos apontados.

O volume ofensivo também aumentou: os dragões sentiram dificuldades na criação de oportunidades no início da época passada, e esta temporada a equipa tem chegado com mais qualidade e mais vezes à área adversária.

Outro aspeto prende-se com a boa ligação entre o meio-campo e a linha de ataque, com alguns jogadores em destaque. Nico tem sido preponderante para a equipa, no novo papel que desempenha, como híbrido entre 8 e 10. O médio espanhol parece revigorado e tem sido peça chave na manobra de Vítor Bruno, resguardado por Alan Varela, em missões mais defensivas.

O fator Samu também deve ser levado em conta. O jovem ponta de lança espanhol está a viver um arranque de sonho de dragão ao peito, tendo integrado a equipa rapidamente e assimilado as ideias de Vítor Bruno num ápice.

Galeno, que até começou a época a lateral-esquerdo, tem números impressionantes em 2024/25. Já lá vão 10 contribuições diretas para golo por parte do internacional canarinho. Quer isto dizer que o extremo participou exatamente num terço dos tentos portistas.