«É uma final e há um título para conquistar. O resto não nos compete a nós»
O treinador do Vitória de Setúbal, Zé Pedro (à esquerda), na antevisão à final do Campeonato de Portugal. Foto: D.R.

«É uma final e há um título para conquistar. O resto não nos compete a nós»

NACIONAL09.06.202417:57

Treinador do Vitória de Setúbal, Zé Pedro, não dedicou muito tempo à perspetiva de os sadinos poderem não vir a disputar a Liga 3, apesar de se terem qualificado desportivamente; foco reside apenas na conquista do Campeonato de Portugal, prova que o histórico do Sado nunca conquistou

Será no meio de uma profunda indefinição que o Vitória de Setúbal aborda a final do Campeonato de Portugal, que se disputará esta segunda-feira, no Estádio Nacional – os sadinos poderão conquistar um título inédito, a juntar a três Taças de Portugal, uma Taça da Liga e inúmeros Campeonatos de Setúbal e até de Lisboa - jogados em tempos idos… - mas encontra-se na iminência de não subir à Liga 3.

Na antevisão ao encontro, o técnico do Vitória, Zé Pedro, optou por não concentrar a sua atenção nessa questão, apontando baterias ao jogo jogado. «É uma final e há um título para conquistar. Tudo o resto não nos compete a nós, é com a administração e tenho a certeza absoluta de que ela está a fazer tudo para que as coisas corram da melhor maneira para este clube», declarou, deixando as questões legais para quem de direito.

O técnico insistiu no mérito desportivo da sua equipa e anteviu uma final de muita qualidade e incerteza sobre o vencedor. «Ficámos em primeiro na fase regular e também na fase de subida, temos o mérito disso também, mas este é um jogo e neste jogo temos de estar concentrados e disponíveis ao máximo para podermos ser a melhor equipa. Estão aqui as duas melhores equipas do campeonato», assinalou.

O treinador do Vitória de Setúbal, Zé Pedro (à esquerda), troca lembranças com Renato Coimbra, homólogo do Amarante. Foto: D.R.

«Será um jogo extremamente difícil, mas queremos dar o melhor de nós e sermos iguais ao que temos feito ao longo da época», acrescentou Zé Pedro, que em função da sua carreira como futebolista conhece bem o ambiente do Jamor ao serviço de emblemas com história como este Vitória Do hotel Amazónia aqui são cinco minutos, mas será meia hora até aqui chegar porque é dia de festa, fantástico», salientou.

«O próprio clube, o Vitória, leva sempre imensos adeptos e vamos senti-lo naturalmente. No fundo, enquanto jogador, é desfrutarem ao máximo, sabendo que há uma prova e um troféu para ganhar, queremos muito e acho que será um dia único, em que o importante é desfrutar, com responsabilidade Que no final a melhor equipa ganhe e esperemos que sejamos nós», afiançou, esperançoso, mas com muito respeito pelo opositor.

Com fair-play, Zé Pedro admitiu que, caso tivesse esse poder, retiraria ao Amarante «os três homens da frente», Francis Okoli, Ká Semedo e Elias Franco, explicando que «são velozes, competitivos, decisivos e muito do jogo passa pelo envolvimento deles no processo ofensivo», pelo que serão forças a ter em atenção na partida, marcada para esta segunda-feira, que decidiria o vencedor do quarto escalão do futebol nacional.