23 março 2025, 13:00
Outros golos históricos de Eusébio
Marcou centenas de golos ao longo de uma carreira de quase 20 anos. A BOLA escolheu dez...
O que une Pat Jennings, Szentmihaly, Vítor Damas, Tibi, Vaz, Matos e Marques? Guarda-redes que sofreram golos do Pantera Negra que seriam os derradeiros em diversas provas
Pela Seleção Nacional, 28 de março de 1973 (guarda-redes: Jennings)
Estavam 11 273 espectadores nas bancadas do Highfield Road Ground de Coventry quando, ao minuto 84, o austríaco Paul Schiller apontou para a marca de grande penalidade, após o norte-irlandês Sammy Nelson ter desviado com a mão um remate de Dinis no Irlanda do Norte-Portugal, de qualificação para o Mundial-1974 (1-1). Eusébio transformou a falta no golo do empate, iludindo o guarda-redes Pat Jennings, que se lançou para a direita, enquanto o esférico entrava pela sua esquerda. «Empatar fora é um bom resultado. No entanto, se tivéssemos aproveitado alguma das oportunidades que surgiram antes do golo deles, tudo teria sido diferente. Na verdade, fomos uma equipa sem sorte», disse Eusébio no final do jogo.
Na UEFA, 29 de outubro de 1973 (guarda-redes: Szentmihaly)
Eusébio sentou-se no banco de suplentes com a camisola número 13, o mesmo do Mundial-1966. Foi a primeira vez que foi suplente num jogo da Taça dos Campeões Europeus. Ao minuto 60 do jogo com o Ujpest (1-1), na Luz, Fernando Cabrita trocou Vítor Baptista por Eusébio. Dez minutos mais tarde, Simões, no lado esquerdo, bem ao seu jeito característico, progredindo à custa de dribles curtos até à linha de fundo, centrou atrasado para Eusébio, de cabeça e em mergulho, fazer a bola entrar na baliza de Szentmihaly, depois de tabelar na barra. No final, o 13 encarnado analisara assim o seu jogo: «Ainda não estou em condições, mas estou satisfeito porque não esperava render tanto e também porque marquei um golo. Oxalá que o meu golo sirva para a passagem desta eliminatória. Fui eu que pedi ao senhor Cabrita para fazer uma ‘perninha’».
23 março 2025, 13:00
Marcou centenas de golos ao longo de uma carreira de quase 20 anos. A BOLA escolheu dez...
Num Benfica-Sporting, 2 de dezembro de 1973 (guarda-redes: Damas)
O Sporting era segundo classificado no campeonato, a dois pontos do V. Setúbal, à entrada para a jornada 11. O Benfica era terceiro a um ponto do rival lisboeta. E a jornada 11 trazia um escaldante Benfica-Sporting. Ao intervalo, o 0-0 mantinha os leões na frente das águias. Porém, aos 55 minutos, na marcação de um livre indireto, em pleno coração da grande área do Sporting, Artur tocou a bola para Eusébio, que, com um remate poderoso, de baixo para cima, fez o esférico entrar pelo ângulo superior direito da baliza de Damas. Era o penúltimo golo de Eusébio ao Sporting, com a camisola do Benfica. Vinte minutos depois, na sequência de um pontapé de canto, Vítor Baptista apanhou a bola no ar e, também pelo ar, lançou-a para a grande área do Sporting. Com um toque assombroso, de cabeça, Eusébio, apesar de estar de costas para a baliza, desviou a bola para golo: 2-0 final. Foi o último golo ao Sporting com a camisola do Benfica, mas não o último golo ao Sporting...
Ao FC Porto e na Taça de Portugal, 2 de junho de 1974 (guarda-redes: Tibi)
Depois de ultrapassar Vianense (2-0), Oriental (8-0) e Farense (4-0), o Benfica disputaria no Estádio das Antas a meia-final da Taça de Portugal, defrontando o FC Porto. Aos 70 minutos, depois de Nené ter bisado (18’ e 58’), Eusébio marcou o 3-0 final. Troca de bola entre Eusébio-Vítor Baptista-Eusébio. No lugar de interior direito, o jogado moçambicano entrou na grande área, dominou a bola e rematou com o pé direito. A bola tabela no coro de Tibi e entra.
Oficial pelo Benfica, 23 de março de 1975 (guarda-redes: Vaz)
O Benfica liderava o campeonato com 5 pontos de vantagem sobre o Sporting quando, na jornada 26, se deslocou a Setúbal para defrontar o Vitória no Estádio do Bonfim. Os setubalenses estavam no 10.º lugar, a 21 pontos do Benfica. Eusébio jogou no meio-campo, ao lado de Toni e Simões e, ao minuto 21, após excelente trabalho de Toni o golo surgiu. Quase junto à quina da grande área do V. Setúbal, Toni centrou alongado a meia altura. Na zona frontal, Eusébio, mal policiado, aplicou, com muita oportunidade, uma cabeçada científica desviando o esférico apenas o suficiente para ele ir entrar na baliza do Vitória, junto ao poste direito, sem possibilidade de defesa para Vaz.
Num particular pelo Benfica, 2 de abril de 1975, (guarda-redes: Tibi)
Eram outros tempos. O Benfica liderava o campeonato com quatro pontos de avanço sobre o Sporting e a três jornadas do final da prova. Não era, pois, ainda campeão. Mesmo assim, dois dias depois de ter batido na Luz o Oriental por 4-0, os encarnados deslocaram-se até Paris para, no Estádio Colombes, defrontar o FC Porto. Que era 3.º no campeonato a cinco pontos do Benfica. Ainda poderia, assim, ser campeão. O Benfica venceu por 5-1, golos de Artur Jorge (10’), Eusébio (17’), Humberto Coelho (23 e 36’, este g.p.), Toni (34’) e Gomes (60’). O golo de Eusébio foi obtido na marcação de um libre direto, numa ‘folha seca’ muito bonita.
No campeonato, 6 de março de 1977 (guarda-redes: Matos)
O Estádio Mário Duarte, em Aveiro, assistiu ao último golo de Eusébio no Campeonato Nacional. Com a camisola do Beira-Mar e frente ao seu maior rival: Sporting. Aos 11 minutos, após Vítor Gomes rasteirar Abel nolado direito, o árbitro Santos Luís assinalou falta. Eusébio passou a bola para Abel depois de similar o remate, a bola foi-lhe devolvida e remate partiu, fulminante, a cruzar a frente da baliza. Da costa colocaria o resultado final em 1-1 aos 27 minutos.
Em provas portuguesas, 12 de fevereiro de 1978 (guarda-redes: Marques)
Campeonato Nacional da II Divisão, Zona Centro, jornada 16, União de Tomar-SL Cartaxo. Os homens da casa jogaram com Segorbe; Graça, Varela, Faustino e Sarmento; Alcino, Eusébio e Simões (Gameiro, ao intervalo; Caetano, Camolas (Bravo, 70’) e Pinto. Os visitantes jogaram assim: Marcos; José António, Kiki, Ernesto e Caetano: Ribeiro, Quim e Brito; Vítor, Rosa, Fernando Alves (José Manuel, 7’) e Barroca (Valdemar, ao intervalo). O União ganhou por 2-0, mesmo não contando com António Simões a cem por cento, por se ter deitado às seis da manhã, por via dos seus trabalhos na Assembleia da República. Os dois golos pertenceram a Eusébio, em dois livres diretos.
23 março 2025, 08:15
23 de março de 1975 - 23 de março de 2025. O último golo do Pantera Negra de águia ao peito foi no Estádio do Bonfim. Toni fez a assistência e Vaz sofreu o golo. A BOLA levou ambos ao relvado e à baliza onde tudo aconteceu.
23 março 2025, 09:50
Antigo médio simula para A BOLA o cruzamento de março de 1975 e exclama: «Mesmo com pouca força, logo já tenho que fazer gelo no joelho...»