Diogo Valente conhece o clube e Vítor Bruno: «O FC Porto não perde dois jogos seguidos»
Esquerdino jogou nos dragões e foi orientado pelo técnico na Académica; antevê reação pronta da equipa e uma confiança inabalável do treinador no processo; «Arouca deverá ‘pagar’ a fatura», projeta
«Nem tudo estava bem e nem tudo está mal agora, foi um jogo que perdemos. No FC Porto já é difícil empatar, quanto mais perder». Esta foi uma das frases proferidas por Vítor Bruno durante a conferência de Imprensa que aconteceu depois do jogo com o Bodo/Glimt, na passada quarta-feira, que os dragões perderam por 2-3. O técnico azul e branco dava conta, na altura, do peso que um desaire tem sempre para um clube com a dimensão do FC Porto, pelo que pode perspetivar-se, agora, uma resposta firme da equipa no desafio vindouro, que, no caso, será diante Arouca.
Importa, pois, perceber como é que Vítor Bruno vai levar os seus jogadores a estarem totalmente preparados para darem uma outra imagem e para conseguirem o que o universo portista deseja: um triunfo (se possível com uma boa exibição) na receção aos lobos da Serra da Freita, depois de amanhã (18 horas).
E para que se possa ter uma ideia do que será feito nestes (poucos) dias entre os dois jogos, A BOLA esteve à conversa com um antigo jogador do FC Porto que também trabalhou com Vítor Bruno: Diogo Valente. O extremo, cujo pé esquerdo ainda continua a espalhar magia e a encantar os adeptos do Salgueiros, histórico clube que representa há quatro temporadas, não tem dúvidas em projetar uma reação imediata dos dragões.
«O FC Porto não fez um bom jogo na Noruega, cometeu bastantes erros a acabou por ser castigado por isso. E é algo que não pode acontecer num clube como o FC Porto. Do que eu conheço do Vítor Bruno, embora, na altura, ele desempenhasse as funções de adjunto, não tenho dúvidas de que aprendeu bastante com o mister Sérgio Conceição no que concerne também à liderança a este nível de exigência. Acredito que a interação do Vítor Bruno com os jogadores seja incisiva, nomeadamente a dissecar os erros cometidos, alertando a equipa para o que não deve voltar a fazer, mas, em simultâneo, também penso que irá privilegiar uma mensagem de confiança para que os jogadores se sintam ainda mais motivados no sentido de darem uma resposta à altura da dimensão do clube», antevê o canhoto.
E para fortalecer ainda mais esta ideia, Diogo Valente, que esteve com Vítor Bruno na Académica na época 2013/2014, fala das convicções do atual técnico dos azuis e brancos: «Vítor Bruno foi sempre um treinador de relação. Vai manter a confiança nas dinâmicas, corrigindo o que há para corrigir, naturalmente. Não o conheço enquanto treinador principal, mas tenho quase a certeza de que não irá colocar em causa o processo e irá manter-se fiel às suas ideias. Claro que, pelo resultado e pela exibição, há muitas coisas para melhorar e acredito que ele se debruçará bastante nisso nestes dias de preparação para o próximo jogo.»
E se o compromisso seguinte dos azuis e brancos é diante do Arouca, então serão os arouquenses a serem responsabilizados pelo desaire portista na Noruega, na partida de estreia na presente edição da Liga Europa.
Diogo Valente conhece bem a realidade dos dragões, não só por ter jogado no clube, mas também como atento espectador do fenómeno do futebol, e também neste caso não tem dúvidas em afirmar que a derrota do FC Porto frente ao Bodo/Glimt foi a pior coisa que poderia acontecer… aos lobos da Serra da Freita.
«A resposta tem de ser dada de forma imediata. Naquela casa é proibido perder dois jogos seguidos. Como se diz na gíria, julgo que o Arouca vai ‘pagar’ a fatura. Com todo o respeito pelo Arouca, é sempre pior ir ao Dragão depois de uma derrota do FC Porto. Sendo que este Arouca não está tão forte como esteve na época passada, pelo que prevejo que venha a sentir muitas dificuldades no jogo de domingo», concluiu Diogo Valente.