Clássico no Dragão: saiba onde se vai sentar Rui Costa
Rui Costa e André Villas-Boas, presidentes de Benfica e FC Porto, respetivamente (Fotos: SL Benfica e GRAFISLAB)

Clássico no Dragão: saiba onde se vai sentar Rui Costa

NACIONAL01.04.202508:00

Villas-Boas vai aplicar ao homólogo os encarnados o mesmo tratamento que teve na Luz e encaminhar o líder das águias para a tribuna presidencial, sim, mas na zona reservada ao clube visitante; relações longe de estarem normalizadas e falecimento de Pinto da Costa abriu mesmo uma ferida

No clássico do próximo domingo, no Dragão, os líderes do FC Porto e Benfica irão partilhar a tribuna presidencial, mas não sentados lado a lado. André Villas-Boas ocupará o seu lugar habitual, acompanhado por figuras de destaque do clube, do futebol português e possivelmente pelo selecionador nacional, Roberto Martínez. Rui Costa, por seu turno, estará numa zona reservada ao clube visitante, algumas filas acima.  

Este protocolo segue o padrão adotado pelo Benfica em novembro passado, na 11.ª jornada do campeonato, quando as equipas se enfrentaram no Estádio da Luz - triunfo, por 4-1, dos encarnados. Na altura, apesar da mudança de rumo institucional nos azuis e brancos decorrente do desfecho das eleições que terminaram com 42 anos de gestão de Pinto da Costa, e da janela aberta por Villas-Boas no sentido de criar uma atmosfera de cordialidade e cooperação, o Benfica não alterou a sua política no que toca à acomodação da comitiva portista na tribuna presidencial.     

Atualmente, o contexto é ainda mais delicado. A ausência de condolências oficiais por parte de Benfica e Sporting aquando do falecimento de Pinto da Costa, a 15 de fevereiro, foi vista por Villas-Boas como uma «ferida aberta», criando uma clara divisão entre as instituições. Nos confrontos com o Sporting desta época, Frederico Varandas e Villas-Boas estiveram lado a lado na tribuna, mas as circunstâncias eram diferentes, uma vez que ocorreram antes da morte do antigo presidente portista.  

É mais os que os separa...

Por outro lado, o FC Porto e os seus rivais da capital seguem caminhos divergentes também no que diz respeito às eleições para a presidência da Liga de Clubes, marcadas para 11 de abril.  

Enquanto os dragões, com o SC Braga como aliado, apoiam José Gomes Mendes, Benfica, Sporting e Vitória de Guimarães estão alinhados com Reinaldo Teixeira. Estas diferenças refletem visões opostas sobre o futuro da indústria do futebol, num momento em que a centralização dos direitos televisivos permanece um tema sem consenso e com um tempo bem definido para ser uma realidade: até 30 de junho de 2026, a Federação Portuguesa de Futebol e a Liga Portuguesa têm de entregar ao Governo e à Autoridade da Concorrência uma proposta de comercialização centralizada dos direitos televisivos das duas Ligas.  

A passar por uma fase de equilíbrio desportivo, depois de Martín Anselmi ter estabilizado as peças do onze, o FC Porto aborda o jogo com o Benfica como um importante passo para a equipa confirmar o seu crescimento. A juntar a isso, a rivalidade faz com que este clássico seja de união entre portistas, depois do forte descontentamento que a goleada na Luz gerou. Não espanta, portanto, que Villas-Boas tenha reconhecido que este é, para o FC Porto, «o jogo da época».

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