Os destaques do FC Porto: Nehuén e Zé a comprometer, com Mora e Gul a… prometer
Zé Pedro, aqui num lance com Hogh, ficou mal na fotografia no 3-1 (EPA/Mats Torbergsen)

Bodo/Glimt-FC Porto, 3-2 Os destaques do FC Porto: Nehuén e Zé a comprometer, com Mora e Gul a… prometer

Diogo Costa sofreu três golos, mas acabou por salvar o FC Porto de humilhação maior. Samu foi protagonista de forte entrada do dragão; centrais destacaram-se pela negativa. Do banco saiu sangue novo, mas... demasiado tarde

O melhor do FC Porto: Diogo Costa (6)

Após grande intervenção logo aos 3’, em que ficou com as mãos a ferver após remate cruzado de Maatta, pouco (ou nada) podia fazer quando Hogh surgiu isolado a disparar para o 1-1 (15’). A coisa aqueceu ainda mais a partir da meia hora, quando somou mais três boas defesas: 30’, a remate de Berg; 31’, quando Saltnes cheirou o 2-1; e 38’, de novo com Berg a tentar a sua sorte. E, logo a seguir (40’), bem se esticou, mas não chegou ao belo remate de Hauge para o 2-1. Evitou com defesa excecional o 4-1 (76’), acabando assim por salvar o FC Porto de males maiores.

João Mário (5) – Que bonito teria sido se aquele cruzamento/remate (35’), numa espécie de chapéu de aba larga, tivesse acertado na baliza, ao invés de passar por fora, num voo rasante sobre a barra. A defender, nota negativa para o instante em que deixou escapar Maatta no lance do 2-1 (40’).

Nehuén Pérez (4) – Pôs em jogo Hogh, no 1-1 (15’), e falhou o tempo de corte, permitindo que a bola chegasse ao ponta de lança. Raramente se reencontrou e foram poucos os instantes em que esteve no sítio certo à hora certa… Rara exceção? À boca da baliza, onde já não estava Diogo Costa, salvou os dragões de sofrer o quarto golo (75’).

Zé Pedro (3) – Estreia europeia sobre brasas, perante a surpreendente velocidade com que surgiam no seu raio de ação os avançados do Bodo/Glimt. Num instante de algum pânico, teve de recorrer à falta sob risco de ver Hauge isolar-se – foi, assim, o primeiro a ser admoestado com amarelo (29’). Mal posicionado, foi infantilmente engolido por Hauge no 3-1 (62’). Ainda protagonizou um potente remate de longe que quase dava golo (73’).

Francisco Moura (5) – É de uma eficacia tremenda o bonito passe de primeira para o 1-0 marcado por Samu, num gesto técnico que repetiu ao longo do encontro, sempre bem executados, porém raramente com resposta eficaz por parte dos companheiros. A nível defensivo, ainda tentou chegar a tempo de impedir Hogh de fazer o 1-1 (14’), mas atrasou-se muito.

Nico González (4) – Dificuldades na pressão alta que se exigia em alguns momentos do jogo, sobretudo na meia hora final da primeira parte, em que concedeu demasiada liberdade de decisão aos adversários.

Grujic (4) – O desacerto dos companheiros de setor também o afetou. Muitas foram as vezes em que se viu em apuros, com mais do que um adversário ao mesmo tempo no seu caminho… Não estava a resultar, foi substituído (69’).

Eustáquio (4) – O espaço que concedeu a Hauge, quando este surgiu na zona central aos 40’, provou-se fatal: sem oposição, o extremo disparou de primeira para o 2-1. Correu muito, mas quase sempre atrás do prejuízo, cortando o perigo, aqui e ali, quase sempre à queima… Saiu aos 61’.

Gonçalo Borges (5) – Tecnicamente sobredotado e muito veloz na transição ofensiva, deixou muitas vezes em pânico a defesa norueguesa, em momentos que, todavia, caíram sucessivamente em saco roto. Isto, porque a eficácia esteve longe dos melhores dias, ficando no registo dois remates… muito tortos (28’ e 48’). Saiu aos 61’.

Samu (6) – Tantos golos que este jovem de 20 anos, verdadeiro reforço dos dragões, vai marcar. Com a corda toda e de pé quente como poucos neste momento, aos 8’ da sua estreia em competições europeias, o espanhol já estava a faturar. E quase repetiu a façanha à beira do intervalo, obrigando Nikita a grande defesa. Surgiu a coxear logo no arranque da segunda parte, assustando, mas recompôs-se. Bem pediu aos companheiros que fizessem pressão alta, mas… os pedidos levou-os o vento.

Iván Jaime (4) – Após arranque algo tímido, surgiu sob os holofotes pela primeira vez aos 22’, com remate potente, porém ao lado – um pequeno oásis num deserto de ideias. Depois, bastas vezes demasiado adiantado no terreno, acabou por impedir que se criassem linhas de passe na sua direção, obrigando a que, regularmente, os lances atacantes do FC Porto afunilassem. Muitos furos abaixo do habitual, foi substituído aos 69’.

Pepê (5) – Teve nos pés, em dois momentos na mesma jogada (79’), o que seria o segundo golo portista, mas viu Nikita travar ambos os remates, quase por milagre. Incrível!

Galeno (5) – Entrou aos 61’ e surgiu a cabecear em zona perigosa mas… sem perigo aos 67’, vendo a bola sair muito ao lado. Logo depois (69’), quase marcava, num belíssimo remate em arco, este a rasar o poste. E viu o empate fugir nas mãos de Haikin, após derradeiro remate, aos 90+6’.

Rodrigo Mora (6) – Agitou as águas, mal entrou em jogo, decorria o minuto 69. Com atributos técnicos acima da média, lançou chamas na defesa adversária, ontem, contudo, sem resultados visíveis. Fica, ainda assim, boa imagem nesta estreia pelo FC Porto.

Deniz Gul (6) – Em estreia com a camisola do FC Porto, arrancou por ali fora aos 82’ e só foi travado por conta de ação ilegal de Nielsen, no limite da grande área. À beira do fim, ameaçou de cabeça, para a defesa da noite de Nikita Haikin (89’) para canto, na sequência do qual, no meio de alguma confusão, marcou o segundo dos azuis e brancos (89’). Promete.

André Franco (-) – Trouxe um pouco mais de profundidade ao ataque portista, mas… foi só isso: um pouco.