ENTREVISTA A BOLA Coates: o passado no basquetebol, a dupla com Mathieu e o futuro como treinador
Capitão recorda a A BOLA as suas raizes no basquetebol, a importância no «salto» conquistada nesta modalidade, e os planos para quando decidir colocar um ponto final na carreira
Jogador de basquetebol
Foi na rua que Coates começou a jogar futebol. Nas ruas do seu bairro em Montevidéu, capital do Uruguai. Mas não era só futebol, era também o basquetebol que tirava o agora leão de casa, pois o miúdo Sebastián também experimentou essa modalidade. «A minha família foi mais de basquetebol do que de futebol. Mas sempre tive amigos que jogavam futebol e fui por esse caminho. No Uruguai antes, hoje mudou um pouco, sempre estávamos na rua a jogar futebol ou basquetebol e isso aconteceu comigo. Estava sempre na rua, com os meus amigos, até tarde», lembra Coates, que reconhece que há coisas que aprendeu no basquetebol que agora dão muito jeito: «Talvez no salto.»
Mathieuajudou muito
Rúben Semedo, Neto, Feddal, Mathieu, Inácio são alguns dos centrais com quem convive ou conviveu no Sporting. «Entendi-me muito bem com todos. Penso que foi com Mathieu com quem joguei mais até agora, também é diferente, pois hoje nem sequer é uma dupla porque jogamos com três, mas com Inácio, Neto, Ousmane, todos entendi-me bem. O Mathuieu vinha de Barcelona, tinha muita experiência em muitas coisas e ajudou-me muito. Falamos às vezes, ainda agora que terminou a carreira. Falamos com alguma regularidade. Esteve cá há uns meses e tenho boa relação com ele», conta Coates.
Treinador? Ainda não!
Aos 33 anos, Coates espera ainda ter, pelo menos, mais quatro ou cinco anos a jogar futebol. Depois, o futuro está por decidir. Uma coisa é certa, para já o pensamento não passa em ser treinador no futuro: «Impossível (risos…). Por acaso é algo que sempre fui falando com colegas. Mas atualmente não sinto esse desejo de ser treinador. Ainda não. Quem sabe dentro de uns anos. Agora vejo-me mais tranquilo fora do futebol. São muitos anos de futebol e quiçá aproveitar um pouco a vida e quem sabe, dois ou três anos depois, ser treinador (risos).»