ENTREVISTA A BOLA «É um alívio não ter Gyokeres como adversário»
Os elogios ao reforço e a mudança da equipa quando o sueco joga com Paulinho no onze; As mensagens deixadas pelo capitão sempre que alguém novo chega ao plantel
- O grupo é forte, mas há um jogador que se destaca de todos. Como tem parado o Gyokeres nos treinos?
- É difícil (risos)! Obviamente que já nos vamos conhecendo melhor uns aos outros. Às vezes torna-se mais complicado marcá-lo mas para ele também, porque existe esse conhecimento mútuo. Se é um alívio não o ter como adversário? (Risos) É diferente também no jogo, pois arrisca mais do que no treino. Mas sim, é… ele gosta muito de correr.
- Treina com ele todos os dias e temos visto o impacto dele no Sporting e na Liga. O que ele tem de diferente de outros avançados?
- Fisicamente é mesmo muito forte. Parece que não se cansa nunca! E isso ajuda muito a equipa e quiçá para o adversário saber que ele está em campo origina outros problemas. A mim como defesa, quando enfrentava certos avançados, já preparava o jogo de outra forma. Acho que está a acontecer isso com ele. Isso também liberta muito outros jogadores para aparecerem.
- Existe mesmo uma forma diferente de jogar com ou sem ele em campo?
- Há outra forma porque o Paulinho, por exemplo, tem características diferentes. Mas a nossa forma de jogar, o modelo, isso não muda assim tanto…
- E quando jogam os dois, Paulinho e Gyokeres?
- Com os dois ainda é mais complicado para os defesas rivais! É também por aí que digo que o grupo é forte. Eles também competem na posição e dão-se muito bem. Esse ambiente, de jogue quem jogar, facilita muito. Vê-se que se entendem bem e jogam um para o outro. E a equipa ganha com isso.
As boas-vindas a quem chega de novo
- Gyokeres chegou este ano e deu-lhe as boas-vindas, como acontece sempre que chega alguém novo ao plantel, no papel de capitão. Já tem um discurso preparado para quem chega?
- Mais que nada são as boas-vindas… Sei o que é complicado, por vezes, chegar a um clube e o que são aqueles primeiros dias. São complicados. Entrar no grupo também, mas tento ser o mais natural possível, não esticar-me muito, porque ficam com vergonha de falar e que estou disponível para os ouvir.
- E os mais novos chamam-no de senhor Coates?
- Não (risos). Eu não deixo. É sempre Sebastián.
- E quando começam a ficar mais irrequietos também os põe na linha?
- Eu e o treinador falamos muito. Uma coisa é quando estamos a treinar e outra é quando saímos. E isso passa tudo.