Chaves: três centrais para... 'apagar' a Luz?

Moreno pondera entre o 3x4x3 e o 4x3x3 para a partida com o Benfica; estratégia continuará ser afinada a fundo a partir da próxima segunda-feira, quando o plantel voltar ao trabalho após a folga do fim de semana concedido pelo técnico

A dúvida subsiste e provavelmente só será dissipada à hora do jogo: com que sistema tático o Chaves se apresentará na próxima sexta-feira no Estádio da Luz, para o duelo da 27.ª jornada da Liga diante do Benfica?

O modelo preferencial de Moreno Teixeira é o 3x4x3, mas dada a especificidade do adversário - os encarnados só costumam jogar com um ponta de lança de raiz (e às vezes nem isso, quando Roger Schmidt opta pelo já célebre ataque móvel...) -, será curioso perceber qual será a decisão do técnico flaviense para a deslocação ao reduto do atual campeão nacional em título.

Se a decisão do líder do balneário dos valentes transmontanos passar pelo sistema que mais gosta, então Ygor Nogueira, Vasco Fernandes e Júnior Pius perfilam-se para formar o trio de centrais. Porém, nesta equação pode também entrar Steven Vitória. A experiência do internacional canadiano pode valer-lhe o regresso à titularidade diante de um clube que, curiosamente, já representou (na época 2013/2014).

Caso o esquema privilegie, então, os dois centrais, Carraça e João Correia disputam um lugar na ala direita, ao passo que Benny deverá ser o eleito para jogar na ala contrária - Sandro Cruz seria a outra hipótese efetiva, mas o esquerdino encontra-se a recuperar de lesão e não é crível que esteja disponível para este encontro.

Relativamente aos elementos do setor intermediário, trata-se de uma escolha que estará dependente da linha defensiva: a quatro ou a cinco. Porque se a retaguarda for com dois centrais, serão três os médios a jogar. E aí, Guima e Dário Essugo (aguarda o veredito do recurso relativamente à suspensão de 30 dias de que foi alvo depois de um jogo ainda ao serviço do Sporting) partem em vantagem, mas poderão ter a companhia de Kelechi ou Pedro Pinho.

Na frente de ataque, a principal dúvida reside em torno de Héctor Hernández. O ponta de lança espanhol continua em gestão de esforço, mas A BOLA sabe que se trata apenas de uma medida preventiva e que o goleador deve ser dado como apto para o jogo com o Benfica.

Raphael Guzzo deve manter-se no onze, devido à preponderância que tem, restando perceber qual será o outro elemento mais ofensivo. Caso Moreno decida dar maior profundidade ao último terço, então Jô Batista ou Paulo Victor poderão jogar na posição de ponta de lança, derivando Héctor Hernández para um corredor e jogando Raphael Guzzo por outro. No cenário de o técnico flaviense preferir ter um jogador com caraterísticas mais de posse, então Rúben Ribeiro perfila-se como alternativa muito válida para figurar nas escolhas iniciais.

Todas estas arestas serão devidamente limadas durante a próxima semana. O plantel dos valentes transmontanos goza, este fim de semana, dois dias de folga, regressando ao trabalho na manhã da próxima segunda-feira. A partir daí, seguirá a fundo a preparação para o importante desafio diante dos encarnados.

Por falar em questões táticas, Nuno Travassos, editor-executivo de A BOLA, detalhou, recentemente, num espaço de comentário em A BOLA TV, a estratégia utilizada por Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, aquando da goleada infligida ao Benfica (5-0), numa partida referente à 24.ª jornada da Liga e que se realizou no passado dia 3, no Estádio do Dragão.